O Ministério Público Federal (MPF) aponta também que Cid Gomes não procurou adotar providências cíveis contra a empresa responsável pela execução da obra da adutora do Açude Gameleira para compensar os eventuais prejuízos. Para o procurador regional eleitoral, Rômulo Conrado, esta era a providência a ser adotada e não as medidas do bônus e do desconto nas contas de água.
A denúncia aponta que a conduta adotada nesse caso pode trazer benefícios políticos a Gomes e Albuquerque e prejuízo aos cofres públicos de R$ 4,6 milhões, R$ 800 mil com a suspensão do faturamento e R$ 3,8 milhões referentes aos 19 mil moradores a serem beneficiados com o bônus de R$ 200.
Para o MPE, o governador abusou de seu poder político para promover direta e indevidamente sua gestão e também o deputado, que é pré-candidato ao governo estadual e acompanhou Gomes durante vários dias em Itapipoca quando foi anunciado o bônus nas contas de água. "A conduta encabeçada pelo governador Cid Gomes compromete a lisura do pleito eleitoral vindouro, colocando em risco, inclusive, o patrimônio público estadual", alerta o procurador regional eleitoral.
Na ação, o procurador regional eleitoral pede que a Justiça proíba o governador de conceder qualquer benefício econômico ao moradores de Itapipoca em decorrência da falta de abastecimento de água na cidade durante o mês de dezembro de 2013.
Segundo o MPE, o procurador geral do Estado, Fernando Oliveira, recusou-se a fornecer documentos públicos referentes à investigação. Por isso, a promotoria solicitou ao Tribunal Regional Eleitoral cearense (TRE-CE) a abertura de procedimento criminal contra Oliveira pelo crime de desobediência, e a expedição de mandado que obrigue o Estado do Ceará a exibir todos os documentos sonegados.
Fonte: Jornal do Brasil
Fonte: Jornal do Brasil
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