Governo do Ceará planeja expulsar policiais da PM à força

 

ESTADO SE PREPARA PRA EXPULSAR POLICIAIS MILITARES QUE PARTICIPARAM DA ASSEMBLEIA DO DIA 3 DE JANEIRO E CHAMA UM PSIQUIATRA PARA COLOCAR OS DOENTES APTOS PARA O SERVIÇO

Saudações Templárias,

O caso que vou expor hoje é digno de repúdio de todos nós. Os militares estaduais realizaram uma reunião no dia 3 de janeiro, eu estive por lá, e hoje são acusados de fazerem-na com o intuito de paralisar a categoria. Fato que passou longe de ocorrer. O prédio da Associação que chamou a Assembleia foi cercado por tropas de forças especiais, policiais foram constrangidos passando por busca de arma sem haver fundada suspeita. Metade das viaturas da Capital foi aquartelada e uma série de medidas teatrais do Comando da Polícia Militar foi tomada com o fim de parecer que realmente a reunião era pra esse fim defendido pela cúpula da Segurança Pública.

A Assembleia dos militares, na verdade, só discutiu os termos do acordo com o Governo que não foram cumpridos. Mas a mente sádica do Cel. Werisleik Matias (Comandante Geral da Polícia Militar) não se conformou com o que ocorreu e partiu para um de seus atos mais covardes já feitos. Acusou a Entidade de ter chamado para fazer a paralisação e disse que os que foram participar sabiam disso. A partir daí, uma série de Procedimentos Administrativos foram abertos para expulsar uma série de policiais e bombeiros militares que fizeram parte da reunião. Mas o Comando ainda não tinha terminado com sua ação covarde e sádica. Vários policiais passaram a apresentar problemas psicológicos e outros já estavam e pioraram o quadro clínico após a abertura ilegal de Processos Administrativos contra eles. Para resolver esse problema, pois tem medo de expulsar pessoas doentes dos quadros da Corporação, o Estado chamou o Dr. ARÃO ZVI PLIACEKOS para poder fazer o serviço sujo. Pelo que me consta, esse psiquiatra foi nomeado em 2012 no estado, pelo que consta no Diário Oficial do Estado de 19 de janeiro de 2012. Ainda no Estágio Probatório, sujeitou-se, bovinamente, à vontade do Poder estadual para dar um apto a uma mulher que não tinha a menor condições de voltar.

Essa mulher da qual falo é diretora de uma Entidade Associativa de Classe que parou o Estado do Ceará entre 2011 e 2012 durante a paralisação dos PPMM e BBMM do nosso Estado.

Depois que soube do que ocorreu fui investigar o que ocorreu, como estava o contexto, se realmente não havia fraude por parte da policial, qual o médico dela, etc. E o que vou relatar é prova da atitude covarde do Estado do Ceará e subserviente do médico ARÃO ZVI PLIACEKOS.

A Policial, pelo que constava no seu atestado, que também foi enviado a mim junto com outros documentos, sofria de Transtornos de adaptação, cujas manifestações, variáveis, compreendem: humor depressivo, ansiedade, inquietude (ou uma combinação dos precedentes), sentimento de incapacidade de enfrentar, fazer projetos ou a continuar na situação atual, assim como certa alteração do funcionamento cotidiano. Segundo fontes da própria diretoria da Entidade, que preferiu não se identificar, a diretora já não estava indo para a Entidade, que ela mesma nem ao menos estava conseguindo ter convívio sadio com os demais, por isso ficou afastada e procurou tratamento imediato. Ultimamente, passou a acompanhar seu marido, que é vereador. Seu médico psiquiatra já estava, pelo que vi nos atestados que me enviaram, notando melhoras em seu comportamento, porém, após os Procedimentos Administrativos contra ela seu problema se agravou e ela teve que renovar sua Licença Médica.

É aí que entra o jogo sujo do Governo. Expulsar uma mulher, mãe, de família doente não irá pegar bem. A Administração chamou um médico psiquiatra com o intuito de deixá-la apta para o trabalho e assim poder expulsá-la.

Ela ficou diante de dois peritos da Junta Médica, os Majores Claudio Kalume Reis e Paulo Silveira Pinto, que não eram psiquiatras, e o Dr. Arão Zvi Pilacetos, que não é perito. Tudo já estava acertado. Por mais que ela fale o que está sentindo, que o médico chamado pelo Governo saiba que ela não está bem, o veredito seria: ela está apta. Foi o que ocorreu, e diante de um dos momentos que irá se eternizar na mente dessa cidadão. A fala que denunciou a missão do Psiquiatra chamado para troná-la sã sem estar. Ele disse, após ela falar que aquilo que estava acontecendo era pra expulsá-la:

_POIS É, MELHOR VOCÊ SER EXPULSA BOA QUE LOUCA, NÉ?

Você conhece esse médico? Já se tratou com ele? Não estou questionando sua capacidade como profissional. Estou mostrando o quanto ele não teve caráter para sustentar o que seu amigo de profissão já havia visto nessa senhora, que ela não estava bem. Essa mulher responde a três Processos Administrativos para expulsão, somente por conta de questionar o Sistema falido que é a Segurança Pública. Já foi transferida por conta disso. Hoje, segundo amigos, não lamenta o que fez, mas sofre em relação ao tratamento que a Corporação lhe dá, pois ela não cometeu nenhum crime de extorsão, ou roubou, ou foi corrupta, mas apenas brigou contra o Sistema por dignidade.

Devo lembrar que dias atrás um policial militar que foi posto apto para o trabalho suicidou-se na cadeia pública de Aquiraz. Ele estava passando por problemas psicológicos também. Mas o Estado não se preocupa com a vida de seus trabalhadores. Prefere antes satisfazer aos desejos sádicos dos comandantes da PM.

Outro fato, todas as perícias do Estado estão aptas a servir unicamente aos interesses do estado ou a quem lhe convier. Nossas denúncias sobre erros e alterações de laudos, já expostos aqui mostram isso.

E enquanto isso, mantem-se no topo da Cúpula da Segurança Pública oficiais de polícia assaltantes, que ganham prêmios de traficantes, delegados torturadores, que recebem propina também de traficantes, e outros que cometem os mais variados crimes, até assassinatos. Porém, o que o Estado não quer nos quadros da Polícia Militar são profissionais que lutam por melhorias nas condições de trabalho.

Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini Tuo da gloriam.