O
Sindicato dos Policias Civis de Carreira do Estado do Ceará (SINPOL/CE) iniciou
hoje, 20, na delegacia de Capturas, no Centro de Fortaleza, a primeira de uma
sequência de paralisações da operação BARRIGA DE ALUGUEL. A diretoria do
sindicato montou uma tenda em frente ao portão da delegacia, impedindo a
transferência de presos na unidade.
A
ação, que se estende durante todo horário de funcionamento da delegacia de
Capturas, também faz parte do movimento POLÍCIA LEGAL que completou três meses
de luta pela valorização profissional da categoria.
As
paralisações vão ser realizadas em dias alternados, portando no próximo sábado
(22) e segunda (23) duas outras unidades terão os serviços parados.
Estrategicamente, as delegacias serão escolhidas e divulgadas poucas horas
antes do início da ação. A operação foi denominada BARRIGA DE ALUGUEL como
referência aos presos que são mantidos nas delegacias da capital e do interior.
“O preso é da justiça e os policias civis é que estão carregando o bucho que
não é nosso”, explicou o presidente do Sinpol/Ce, Gustavo Simplício.
As
paralisações foram deliberadas durante assembleia geral da categoria na última
segunda-feira (17), realizada no Centro da cidade. Na ocasião, a categoria
decidiu ainda denunciar o estado do Ceará, na Corte Interamericana de Justiça,
por violação dos Direitos Humanos, por entender que o tratamento dos presos nas
delegacias pode ser considerado tortura. O sindicato vai ainda ampliar a
campanha dos outdoors com os números da violência para os estados brasileiros
que mais enviam turistas para o Ceará.
O
dia 7 de abril é o limite para a reestruturação salarial dos policias civis e,
caso as negociações não avancem, o sindicato tem a intenção de parar geral as
atividades durante a Copa do Mundo, no mês de junho.
SOBRE
O MOVIMENTO POLÍCIA LEGAL:
O
movimento POLÍCIA LEGAL chega ao terceiro mês em uma trajetória de luta pela
valorização profissional da categoria. Na primeira fase, diretores do Sinpol/Ce
passaram por delegacias da capital e interior do estado, onde foram detectadas
várias irregularidades: improbidade administrativa e peculato-desvio, falta de
apuração dos BOS, abuso de autoridade, assédio moral e usurpação de função
pública. A segunda fase do movimento apresentou para a sociedade a real
situação da segurança pública no estado do Ceará. O SINPOL/CE instalou outdoors
em pontos estratégicos da cidade com os números da violência.
VEJA AS IMAGENS DO PRIMEIRO DIA
Fonte: Sinpol/Ce
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