DADOS DA SSPDS E DO
IML SOBRE HOMICÍDIOS DIVERGEM
PROVA DE MANIPULAÇÃO DE DADOS PELA SECRETARIA DE SEGURANÇA DO CEARÁ?
PROVA DE MANIPULAÇÃO DE DADOS PELA SECRETARIA DE SEGURANÇA DO CEARÁ?
Caros (as) amigos
(as),
Parece que nossa
situação se torna cada vez pior a cada vez que falamos sobre a violência no
nosso Estado, Ceará. A reportagem seguinte relata sobre divergências de
números, falta de entendimento entre Secretaria de Segurança Pública com
Instituto Médico Legal, investimentos pesados na Pasta do Coronel Bezerra e
resultados que causam pavor à população Cearense.
Fortaleza, além de
ser a 13ª cidade mais perigosa do Mundo, é a capital do Nordeste com o maior
número de homicídios. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do estado do
Ceará, foram registrados somente em janeiro 163 homicídios na Capital
cearense. Mas se juntarmos esse número
com o da Região Metropolitana de Fortaleza teremos uma grande surpresa: os
números de homicídios que a SSPDS divulga (237) são menores que os números que
o IML divulga (342). POR QUÊ?
Segundo o Comandante
Geral da Polícia Militar, Cel. Werisleik Matias, isso PODE OCORRER, por conta
de pessoas que foram lesadas nos locais de crimes e acabam morrendo nos
hospitais. Mas disso eu não duvido. Sabem por quê? Porque é ordem do próprio
Secretário de Segurança Pública e do Cel. Werisleik Matias, repassadas aos
comandantes nos demais quarteis, que sempre que uma pessoa esteja morrendo no
local, e o policial perceber que não terá condições de sobrevivência que seja
‘socorrida’ imediatamente para os hospitais, nas viaturas, para que a morte do
moribundo não seja registrada pela CIOPS, e, lógico, pela Secretaria de
Segurança. Assim, as estatísticas da
SSPDS sempre estarão com dados menores para divulgação. É a versão cearense da ’guerra
da carne’ do filme tropa de elite.
Não podemos nos esquecer
de que só no ano passado o trio satânico da Segurança Pública (Secretário de
Segurança, Comandante Geral da Polícia Militar e o Delegado Geral da Polícia
Civil) conseguiram a proeza de aumentar em 47% no número de homicídios em
relação ao ano anterior, e nos colocar numa vergonhosa situação de termos 5 vezes
mais homicídios que na cidade de São Paulo. Neste ano já estamos com 54
homicídios a mais que a capital paulista somente em janeiro. Temos cerca de 20
assassinatos por final de semana na Capital e Região Metropolitana.
Um novo estudo mostra
que em 11 anos (2000 à 2010) houve um crescimento de 192,5% de mortes por armas
de fogo. São 6.615
pessoas que morreram por disparos de armas de fogo em Fortaleza nos fazendo a terceira capital do País em crescimento de mortes por
armas de fogo. O Povo (07/03/2012)
Aí vem o Cel.
Werisleik Matias, que só aprendeu a arrancar capim na antiga Academia de
Polícia Edgar Facó, falar sobre número de apreensões de armas. Disse que não foi por falta de ação da polícia e que já
foram apreendidas 1016 armas, entre janeiro e fevereiro e que já ultrapassou o
quantitativo do ano passado.
A eficiência
de uma Polícia não está em mostrar o número crescente de pessoas presas, de
armas e drogas apreendidas, mas sim na diminuição, através de um trabalho
preventivo de tais crimes. O Comandante Geral declara, com todas suas palavras
que ele não conhece como se faz trabalho de polícia. Ainda tem a cara de pau de
dizer que aumentou o número de apreensão, quando isso significa que entrou mais
armas no nosso Estado, e se entrou foi porque não houve prevenção, nem trabalho
investigativo que pudesse reprimir tais ações delituosas. Ou seja, confessou
que sua gestão, a do Delegado Geral e do Secretário de Segurança Pública são
incompetentes.
Quanto ao professor
Geovani Jacó, do Laboratório de Estudos da Violência da UECE (Universidade
Estadual do Ceará), aconselho-o a se aproximar das Entidades de Classe dos
Militares e da Polícia Civil, para que ele acrescente em suas palavras que (além
do que ele afirmou) a polícia tanto pacifica como produz a violência, que ela
(a polícia) também é vítima da violência do Estado, pois não recebem
treinamento apropriado e continuado, são tratados como burros de carga, são
perseguidos, presos, estão sob um jugo pesado e retrógrado, que é o
militarismo, que os impelem a tomarem atitudes que não são de uma polícia
comunitária, mas militar. Que os policiais civis não tem equipamento nem
efetivo suficientes para trabalharem, são desviados de suas funções
investigativas para servirem de ‘babá’ de presos arriscando suas vidas. E
quando policiais militares tentam buscar proximidade com a democracia, eles são
severamente reprimidos pelo comando da Corporação - como está ocorrendo agora
com cerca de 40 PPMM que estão para serem expulsos da polícia militar apenas
porque participaram de uma reunião e, o pior de tudo, por uma calúnia proferida
pela Cúpula da PM.
Para finalizar, o
óbvio ocorreu. O secretário de Segurança não quis falar sobre o assunto até
averiguar por que os números de homicídios a SSPDS não batem com os do
Instituto Médico Legal.
Parece que a partir
da conversa que vão ter os números vão começar a se igualarem, mas claro, a
favor do Governo.
Non nobis, non nobis, Domine sed nomini Tuo da gloriam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário