OS CRIMINOSOS DA POLÍCIA MILITAR QUE NUNCA FORAM EXPULSOS E TÊM CARGOS ESTRATÉGICOS NA PASTA DA SEGURANÇA PÚBLICA
Saudações Templárias,
A imagem que vocês veem nesta postagem
mostram o relatório final da Comissão Especial do Conselho de Defesa da
Pessoa Humana, constituída pela Resolução Nº 13, de 24 de maio de 2005. O
objetivo era apurar denúncias de grupos de extermínio no Estado do
Ceará. O que esse relatório revelará poderá deixar vocês reflexivos
sobre as origens de todo o contexto que nos impõe em vexame diante do
aumento descontrolado da violência de nosso Estado.
Vou levar também ao comparativo entre
esse caso, de extrema seriedade, e o caso dos policiais militares. que
por fazerem uma reunião pra discutirem um acordo que não foi cumprido
pelo Governador do Estado, estarem prestes a serem expulsos da
Corporação.
Esse caso foi muito divulgado nas redes
de comunicação do Brasil todo, porém, tratava-se de oficiais da polícia
militar, e grupos de empresários poderosos envolvidos no esquema. Assim,
foi preciso que entidades de Direitos Humanos pedissem que o Ministério
Público Federal entrasse na questão, acionando assim, a Polícia
Federal. E o que foi descoberto está no rol das inúmeras podridões que
ainda escondem os poderosos da pasta da Segurança Pública do nosso
Estado: descaminho de equipamentos eletrônicos e contrabando de armas,
prevaricação, advocacia administrativa, concussão, corrupção,
condescendência criminosa, violação de sigilo funcional, tráfico de
influência, etc, conexos às atividades de extermínio.
Na cabeça desse grupo está o nome do
Major José Ernane de Castro Moura, hoje escondido em algum setor
administrativo da Polícia Militar, Cicero Henrique Bezerra Lopes (HOJE É
COORDENADOR DA COORDENADORIA DE INTELIGÊNCIA DO CEARÁ, COIN, E É
PARENTE DO SECRETÁRIO DE SEGURANÇA, FRANCISCO BEZERRA). Depois destes
foi citado também, não em grupo de extermínio, mas em desocupação de
terrenos sem ordem judicial, o ex-comandante da Polícia Militar DELADIER
FEITOSA ( sim, aquele que aparecia sempre nas reportagens com farda
camuflada e com um submetralhadora, desmuniciada, claro, pois morria de
medo de ocorrência. Só queria estar aparecendo na Imprensa pra se
candidatar a deputado).
Todos os que estavam envolvidos no grupo
de extermínio ‘foram denunciadas como incursas nas sanções dos artigos
121, § 2o , I e IV, c/c o 29 e 288, todos do Código Penal, pela
participação na morte das vítimas João de Deus Bezerra de Araújo Júnior,
Francisco Nino de Almeida e Aroldo Sousa Bezerra, cujos nomes constavam
do relatório da PFD.C que deu margem à constituição da Comissão
Especial.’
‘Junto com o oferecimento das denúncias,
dirigidas ao Juízo da 2a Vara do Júri da Comarca de Fortaleza/CE, foi
requerida a decretação das prisões preventivas dos acusados: José Ernane
de Castro Moura; Cícero Henrique Beserra Lopes; Francisco Ronaldo
Sales; José Alves Filho; Francisco das Chagas Silva; Augusto César
Ferreira Matias e José Valcácio Moura Rodrigues. As denúncias foram
recebidas, em 06 de junho de 2005, tendo sido decretadas as prisões,
conforme fora requerido.’ Isso, o atual Chefe do serviço de inteligência
do estado foi preso por envolvimento em grupo de extermínio.
Os casos de morte começaram a ocorrer a
partir do ano 2000, e mais de 30 mortes em condições semelhantes foram
observadas. Em um dos casos o próprio Major Castro fez a execução de uma
das vítimas. Posteriormente, os acusados foram soltos. Fato que fez com
que a Comissão de Direitos Humanos voltasse à Fortaleza. Tudo estava
sendo feito para que os acusados não fossem condenados. O próprio
secretário de segurança da época chegou a não participar de reunião com a
Comissão, alencarina, o que motivou a deliberação do Conselho no
sentido de que fosse oferecida representação à Advocacia-Geral da União
para apuração de eventual ato de improbidade administrativa.
O seguinte trecho do documento revela o
esforço da Cúpula da Segurança Pública em não querer punir os oficiais
da PM: “Em vista das constatações decorrentes da análise dos Relatórios
Policiais e dos Autos de Apreensão em Flagrante, e para que houvesse
certeza quanto à não instauração de inquéritos policiais para apurar os
fatos em que as vítimas foram os adolescentes ou maiores atingidos em supostas tentativas de assalto, foi oficiado ao superintendente da
Polícia Civil no Estado do Ceará, José Nival Freire,encaminhando-lhe a
relação dos casos sob investigação pela
Comissão Especial do CDDPH e requisitando-Ihe que informasse se havia
inquéritos policiais instaurados, e, em caso positivo, o estágio atual
dos mesmos (doe. 21).
Tal informação era imprescindível, pois, acaso confirmado que não tinha havido instauração de inquéritos policiais para apuração desses casos, ficaria demonstrada a omissão do Estado do Ceará em combater a atuação do grupo de extermínio que, nos anos de 2000 a 2002, vitimou mais de uma dezena de adolescentes.
O ofício foi encaminhado em 05 de outubro de 2005, via postal e fax, havendo a resposta sido encaminhada por meio de ofício datado de 24 de outubro de 2005 (doe. 22), da qual se pode extrair que, em nenhum dos casos relacionados no ofício requisitório, foi instaurado inquérito policial para apurar os homicídios e lesões corporais consumados ou as tentativas de homicídios em que as vítimas foram os adolescentes ou maiores atingidos em supostas tentativas de assalto.”
Uma gravação autorizada pela Justiça, e
veiculada pelo Jornal do Dez, da TV Verdes Mares, revelou que o então
capitão Cícero Henrique Bezerra Lopes ( Hoje Major e Chefe do Serviço de
Inteligência do Estado e parente do atual Secretário de Segurança),
subcomandante do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) sabia de um
crime de morte praticado por um sargento daquela unidade especial da PM,
no caso, o Sargento Jean Charles da Silva Libório. Na época, o então
governador em exercício Maia Júnior, determinou que o Comando da
Corporação afastasse o capitão Henrique de suas funções imediatamente.
Nas gravações telefônicas realizadas pela
Polícia Federal, durante cerca de seis meses, foi constatado que o
subcomandante do GATE, Hoje Major Henrique e chefe da COIN) também
integraria o grupo de extermínio que seria liderado pelo major José
Ernane de Castro Moura. Em pelo menos dois diálogos ele falaria a
respeito de assassinatos. Um deles foi o que vitimou o mecânico de motos
Marcelo da Silva, realizado com um cabo da PM e comentando a respeito
do Sargento Jean Charles da Silva Libório, principal acusado deste
assassinato.
Em outro trecho das gravações realizadas
por policiais federais lotados na Superintendência do Distrito Federal,
ele ( hoje Major Henrique, chefe da COIN) conversa com o major Castro,
sobre a execução de um assaltante e recebe a ordem para que o
assassinato seja praticado. Falam até sobre a arma e munição que seriam
utilizadas para o cometimento desse crime de morte.
Também a delegada de polícia civil, na época da Delegacia de Turismo, Cândida Brum aparece, em uma gravação feita com autorização judicial, conversando com o comandante da 1ª Companhia do 5º Batalhão da Polícia Militar, major José Ernani de Castro Moura e era suspeita de também fazer parte do grupo de extermínio pela Polícia Federal.
Caros cearenses, esses homens nunca
sofreram perseguição, pressão, e nunca foram condenados
administrativamente com expulsão pelos crimes praticados dentro de sua
Corporação. Ao contrário, o Major Henrique está é chefe do Serviço de
Inteligência do estado do Ceará. Um homem que é acusado de estar
envolvido em grupos de extermínio. Seu grande passe é ser parente do
Secretário de segurança, que ‘passa a mão sobre sua cabeça’. Afinal de
contas, todos são amigos muito próximos do Governador do estado, Cid
Ferreira Gomes, que fica muito à vontade em ter um homem do estilo
sombrio do Major Henrique em seus quadros.
Recentemente, esse mesmo major Henrique atirou em um preso em Quixadá, porém, nenhuma emissora, ou fontes de comunicação divulgou o fato. Ninguém sabe o que houve com o preso. O Controlador de Disciplina do Estado está continuamente reabrindo inquéritos já trancados de policiais militares para poder condenar mais desses profissionais, porém, não tem coragem de mexer com os donos do Ceará. Ele teve coragem de abrir conselhos de disciplina e Processos Administrativos para expulsão de policiais militares que só se fizeram presentes numa reunião baseado numa acusação mentirosa vinda do Comandante Geral, mas será que ele teria coragem de abrir Conselho de Justificação contra o Major Castro, ou o Major Henrique?
Esses são os que governam o Ceará. Esses
são os que administram a pasta de segurança Pública. Agora reflitam
sobre os porquês do aumento exponencial de violência no nosso Estado.
Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini tuo da gloriam
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