quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Secretário de Segurança do Ceará fala sobre violência e polêmica de compra de helicópteros sem licitação



O discurso é o mesmo: 'nunca se investiu tanto em Segurança Pública'. A ideia de se passar um avanço no setor com investimentos milionários (que no fundo só beneficiaram os empresários envolvidos em licitações) é a frente argumentativa do secretário de Segurança do Ceará e governistas.

Certamente os números são enormes no investimento, mas, por outro lado, seu próprio argumento de defesa mostra que estão investindo de maneira errada. Dentro de seu raciocínio, a culpa do aumento da violência são das frágeis leis que temos. Não tirando uma parte da verdade nesse argumento, devo, no entanto, dizer que prisão já é a parte repressiva da atuação policial. As leis, quando postas em prática para punir (ou recuperar), também é parte repressiva do processo.

Tentou-se um programa de governo, o Ronda do Quarteirão, como um policiamento comunitário, de proximidade com a população, para tentar um policiamento preventivo eficiente. Porém, pela má gestão do programa, por conta do despreparado oficialato da Polícia cearense, o que vemos é o mesmo tipo de operacionalidade que sempre vimos na nossa polícia ostensiva.

O secretário chega a se gabar dos recordes de prisões, apreensões de drogas e armas. Falta, no entanto, uma leitura mais apurada sobre isso. Se aumentou as prisões e apreensões é porque a polícia está falhando na prevenção. E se está falhando no policiamento ostensivo e preventivo então não estamos seguros nas ruas.

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