O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou pacote de
medidas para coibir atos de vandalismo nas manifestações que ocorrem em
todo o País desde junho. O anúncio aconteceu após reunião em Brasília
com os secretários de Segurança Pública dos estados de São Paulo,
Fernando Grella e do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame. Entre as
ações estão: intensificar o trabalho de inteligência das polícias para
prevenir e reprimir ações abusivas como as depredações; criação de
protocolo conjunto interestadual sobre como deve ser a atuação das
polícias nos protestos; alterações na legislação ou a criação de
legislações específicas que para reforçar penas contra autores de
vandalismo e contra quem ferir policiais.
“São sugestões que
serão debatidas, continuamos trabalhando com a lei que está aí. Não é
endurecimento, é adequação”, disse Grella. Questionado, o secretário
paulista declarou que não podia “negar, nem confirmar” a atuação de
facções criminosas em atos de vandalismo em recentes manifestações. Já
Beltrame afirmou que “é a lei que garante a ordem, que garante a
democracia”.
Protesto no Rio
A
manifestação Grito da Liberdade, convocada por artistas independentes e
que depois receberam o apoio de atores e atrizes globais, reuniu ontem
cerca de 300 pessoas na porta do Tribunal de Justiça do Estado do Rio,
no Centro da capital fluminense. O grupo começou a se deslocar por volta
das 16h45 em direção à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro
(Alerj), embalado por músicos do bloco de Carnaval, Nada Deve Parecer
Impossível de Mudar. Participaram, entre outros, o ator Luiz Henrique
Nogueira, a atriz Tereza Seiblitz e o poeta Chacal.
A
manifestação pediu a libertação de presos durante as manifestações e
reclamou da violência do Estado. Além de artistas que fazem performances
pela rua, havia militantes do PSTU e da Frente Independente Popular
(FIP), que reúne diversos movimentos sociais, e anarquistas. Havia
poucas pessoas com máscaras. A Polícia Militar acompanhou o protesto,
que seguiu para a Candelária, percorrendo a avenida Rio Branco e
passando pela Cinelândia para terminar na Lapa.
Fonte: O Povo
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