terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Os Templários e a Batalha perdida do Vau de Jacob


Para terminar o ano gostaríamos de presentear os amantes da história dos cavaleiros templários com essa importante informação tirada do site http://natgeotv.com 

FELIZ 2014 A TODOS!

Num campo de batalha dos Cavaleiros Templários do século XII a norte de Jerusalém, um grupo de arqueólogos descobriu provas da Batalha do Vau de Jacob - a batalha que se pensa ter marcado um ponto de viragem nas Cruzadas.

Com base nos conhecimentos geográficos da zona, a zona de passagem do Rio Jordão no Vau de Jacob foi muito provavelmente a mesma onde São Paulo atravessou na sua viagem a Damasco, vários séculos antes.

800 anos mais tarde, os territórios circundantes do local onde se travou a Batalha do Vau de Jacob - nas Colinas de Golan - continuam a causar discórdia. No século XX, as forças armadas de Jerusalém e de Damasco continuam a disputar a zona. Hoje em dia, o local adjacente ao castelo está protegido com arame farpado devido aos dispositivos explosivos que ficaram por detonar durante várias décadas e que aí continuam.

Em 'Templários: A batalha decisiva', as moedas medievais que foram encontradas no local da Batalha do Vau de Jacob e as que estavam nas instalações da Autoridade Israelita de Antiguidades foram filmadas pela primeira vez.

Estudos arqueológicos provaram que as armas (setas) usadas pelas forças cristã e muçulmana na Batalha do Vau de Jacob eram idênticas, o que levou os peritos a acreditarem que ambos tinham o mesmo fornecedor de armas durante as Cruzadas.

Todos os restos mortais recolhidos do local da Batalha do Vau de Jacob eram de homens entre os 20 e os 40 anos de idade. O que restava dos corpos foi encontrado numa camada de cinzas por baixo das ruinas do único edifício que estava totalmente finalizado na altura em que o castelo tinha sido destruído. Nenhum dos corpos foi sepultado formalmente. Os corpos estavam dispostos, aparentemente, de forma aleatória.

Escavações no Vau de Jacob revelaram provas de um massacre muito bem documentado, que ocorreu a 30 de Agosto de 1179. Os vestígios arqueozoológicos incluíam dez esqueletos articulados de equídeos, que foram identificados como sendo três cavalos, seis mulas e um burro. Todos os restos de esqueletos de equídeos foram encontrados debaixo de um subterrâneo com 22 x 9,1 metros, intensionalmente destruído pelos muçulmanos depois da batalha e que ainda não tinham sido perturbados pela atividade humana ou por escavações. A maioria dos equídeos foram possivelmente mortos durante a batalha por setas encontradas também junto aos corpos.

O castelo das Cruzadas no Vau de Jacob ficou muito danificado durante um destrutivo sismo que abalou a zona 23 anos depois do ataque muçulmano - 20 de Maio de 1202 - destruindo as muralhas do castelo quase por completo.

Um escritor estimou que os Templários e forças das Cruzadas tinham água e comida suficiente no interior do forte para conseguirem sobreviver durante vários anos. Se os muçulmanos não tivessem conseguido passar por baixo das muralhas do forte, o desfecho da Batalha do Vau de Jacob poderia ter sido bastante diferente.

Pensa-se que o grão-mestre dos Templários, Odo de St. Amand, capturado ainda quando o castelo do Vau de Jacob estava a ser construído, tenha morrido numa prisão em Damasco. Fontes sugerem que Saladin tinha tentado trocar a vida de St. Amand pela vida de um prisioneiro muçulmano. O próprio St. Amand terá recusado a troca, preferindo morrer a ver a sua vida posta em pé de igualdade com a de um muçulmano.

O cronista cristão medieval, William of Tyre, detestava o grão-mestre dos Templários - e o cérebro por detrás do Vau de Jacob - Odo St. Amand. O cronista disse que St. Amand era "movido pelo espírito da vaidade, algo que tinha em excesso", e refere-se a ele como "um homem sem valor, orgulhoso e arrogante, com o espírito da cólera sempre presente, sem temer a Deus e sem mostrar qualquer respeito pelos homens". William of Tyre considera que St. Amand foi o responsável pela perda do Vau de Jacob.

A destruição completa do castelo levada a cabo por Saladin, e a manifestação da sua ira nos campos de cultivo num ano de seca, deixaram toda a região quase desprovida de vida, deixando bem claro que não seria praticável a reconstrução de um castelo no vau.

Depois da queda do forte, o Vau de Jacob voltou a ser aquilo que era antes de as Cruzadas começarem a construir - um local de peregrinação para os muçulmanos, "santificado pelas ações de graça e orações dos muçulmanos".

Durante séculos, as lendas contaram como os Templários tinham sido eliminados depois de serem acusados de heresia e excomungados pela Igreja no início do século XIV. No entanto, um documento - o Pergaminho Chinon - descoberto pela investigadora Barbara Frale no arquivo secreto do Vaticano, veio provar que os Templários tinham sido ilibados das acusações de heresia. Na realidade, tinha sido o poderoso e invejoso rei de França que tinha perseguido e executado Templários inocentes, acabando mesmo por abolir a ordem.

A lenda conta que quando o ultimo grão-mestre dos Templários, Jacques de Molay, estava a morrer na fogueira, rogou uma praga aos seus perseguidores, o Rei Filipe, o Justo, e o Papa Clemente V - o grão-mestre dos templários disse que os três se iriam reunir no tribunal divino no espaço de um ano. Clemente V morreu ao fim de um mês e o rei Filipe viveu mais oito meses.

Nos anos que se seguiram à Batalha do Vau de Jacob e ao julgamento dos Templários, cavaleiros de toda a Europa decidiram esconder-se, bem como a objetos muito valiosos, e quase de imediato as lendas começaram a surgir. Em 1945, uma prancha de Madeira pintada foi descoberta numa construção com vários séculos numa zona rural de Inglaterra. Alguns especialistas acreditam que a peça pertencia a um Cavaleiro Templário local que ali a tinha escondido. Outros acreditam tratar-se de uma elaborada mala de transporte, concebida para guardar o santo sudário (sudário de Turin), enquanto os Templários batalhavam.




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