terça-feira, 15 de abril de 2014

Justiça do Ceará: a prostituta dos bandidos - Preço: R$ 150 mil


DEVE-SE IR MAIS A FUNDO, POIS HÁ INFORMAÇÕES DE QUE ATÉ O ESTADO PAGAVA ESSE VALOR PARA QUE PROCESSOS CONTRA A ADMINISTRAÇÃO NÃO FOSSEM GANHOS.

O presidente do Tribunal de Justiça do Ceará, Luiz Gerardo Pontes, admitiu nesta segunda-feira (14), haver a compra de habeas corpus para soltura de presos nos plantões do tribunal. A suspeita é que a venda de habeas corpus ocorre nos fins de semana e nos feriados, durante os plantões do Tribunal de Justiça. Segundo o tribunal, a liminar de soltura era vendida por até R$ 150 mil.
"A palavra esquema é muito forte, temos indícios de que há uma rede organizada para conceder liminares criminais. Dois desembargadores são investigados pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) . Há elementos também que incriminam advogados", diz Luiz Gerardo.
Segundo o Tribunal de Justiça, os indícios de fraudes foram levantados a partir da grande movimentação de advogados que buscam a soltura de clientes nos fins de semana. Em um dia normal de movimentação, o TJ costuma receber 15 pedidos de soltura; nos fins de semana e feriados, esse número sobe para uma média de 70 pedidos.

O Conselho Nacional de Justiça investiga o caso, entre eles, dois desembargadores do Ceará. Os nomes não foram revelados para não atrapalhar as investigações. Ainda segundo Luiz Gerardo, um dos beneficiados no esquema de compra de habeas corpus é Márcio Gleidson, da Silva, preso em 10 de março. Gledson é acusado de matar um policial e o amigo, em junho do ano passado, e também de chefiar quadrilhas de tráfico de droga no Ceará.

O CNJ faz um mapeamento dos casos de solturas sob suspeita. Segundo Luiz Gerardo, o esquema de venda de habeas corpus ocorre no Ceará desde 2011. O mapeamento do Tribunal de Justiça foi concluído para o ano de 2013, quando ocorreram dezenas de irregularidades, segundo o presidente do Tribunal. ( G1)

R$ 150.000,00 à vista!

Seis criminosos, acusados de envolvimento em quadrilhas ligadas ao tráfico de drogas, assassinatos e ´lavagem´ de dinheiro, foram soltos, no último fim de semana, depois de receber habeas corpus e os respectivos alvarás de soltura concedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, no plantão de domingo.

A informação foi confirmada, ontem, por fontes policiais ouvidas pelo Diário do Nordeste. Um dos bandidos que teriam sido beneficiados com a ordem judicial de soltura foi o traficante de drogas Renan Rodrigues Pereira, que havia sido capturado pelos setores de Inteligência em abril último, investigado por comandar um esquema criminoso de comércio de cocaína e crack e ordenar assassinatos nos bairros Lagamar, Tancredo Neves, Conjunto Tasso Jereissati e outros.

A prisão de Renan ganhou repercussão dada a vida luxuosa que gozava com o dinheiro do tráfico. Havia comprado apartamentos na Beira-Mar e andava em carros importados e escolta.

De uma só vez, o TJ, através de decisão do desembargador plantonista Carlos Rodrigues Feitosa, revogou dois mandados de prisão contra Renan, que haviam sido expedidos pela Terceira Vara do Júri. Ontem, Renan, que está preso na CPPL I, em Itaitinga, somente não ganhou a liberdade porque outra esfera judicial, a Segunda Vara do Júri de Fortaleza, decretou nova prisão preventiva contra o traficante, a pedido do delegado José Munguba Neto, do 4º DP (Pio XII).

Soltos

A lista dos bandidos que receberam a liberdade no plantão do TJCE, porém, é maior. Tiago Costa de Araújo, Deijar de Sousa Silva e Carlos Hélder Franklin Marques estão entre os libertados. Os três haviam sido presos pela Polícia Federal no dia 24 de abril de 2013, com um carregamento de 101,7 quilos de pasta-base de cocaína, além de dinheiro, armas de fogo (pistolas), munição, máquina de contar dinheiro, celulares e joias.

Também receberam alvarás de soltura no último domingo Paulo Diego da Silva Araújo, que seria integrante da mesma quadrilha que foi apanhada com o carregamento de cocaína. Ele havia sido preso no dia 22 de março, também pela PF, no Aeroporto Internacional Pinto Martins quando tentava embarcar para São Paulo com uma mala onde havia cerca de R$ 340 mil em espécie. Conforme investigações da PF, seria dinheiro arrecadado na ´lavagem´ do tráfico.

Outro que recebeu também habeas corpus no domingo foi José Roberlândio Barreira Nobre, preso pela Polícia Civil acusado de receptação de cargas.

Até a noite passada, o magistrado não havia se pronunciado oficialmente sobre o fato. Entretanto, segundo a Assessoria de Imprensa do TJCE afirmou que a decisão adotada pelo desembargador plantonista Carlos Rodrigues Feitosa "foi monocrática e, portanto, não representa o entendimento do TJCE". 
Ainda segundo a Assessoria, o desembargador é integrante de uma Câmara Cível e não foi o relator dos recursos impetrados pelos acusados. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determina que nos plantões judiciários somente sejam apreciados recursos considerados de urgência.


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