O jornal O Globo denunciou, neste domingo, que
criminosos estrangeiros do grupo Hezbollah - movimento político
e militar, xiita e libanês que se autodenomina "Partido de Deus" -
construíram uma parceria com a facção criminosa Primeiro Comando da
Capital (PCC), que atua nos presídios brasileiros, principalmente em São
Paulo.
Segundo o jornal, relatórios produzidos pela Polícia
Federal mostram que traficantes do grupo libanês abriram canais para o
contrabando de armas destinadas ao PCC e ainda ajudou-os a intermediar
uma negociação de explosivos. Em troca, os brasileiros prometeram dar
proteção a integrantes dessa quadrilha que já estão detidos no Brasil.
A aliança teria começado a ser montada em 2006, mas as
primeiras provas só foram descobertas dois anos depois. A notícia da
associação criminosa surgiu de um informante da PF e a veracidade da
informação foi confirmada pela área de inteligência, que monitorou
alguns suspeitos em São Paulo e no Paraná.
O trabalho de monitoramento feito pela PF inclui ainda
missões para vigiar estrangeiros de origem libanesa que circulavam pelas
cidades de Foz, Ciudad del Leste e Porto Iguazu, na Argentina. Os
documentos reúnem desde listas de nomes e períodos de hospedagens em
hotéis até registros de um suposto risco de atentado terrorista no
Brasil.
No
dia 28 de agosto de 2008, o relatório de inteligência assegura que
recebeu informe de “fonte não comprovada” de que um estrangeiro
“integrante de uma organização terrorista” estaria viajando para
Brasília para executar plano de assassinato. Há ainda a descrição de
ações na Ponte da Amizade, na fronteira entre Brasil e Paraguai.
Para as autoridades americanas, a região de fronteira
que separa Brasil Argentina e Paraguai sempre foi palco de atuação de
grupos ligados ao terrorismo. Ainda segundo os EUA, o dinheiro do
tráfico de drogas é uma das principais fontes de financiamento de
entidades terroristas.
Fonte: Notícias Terra
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