sexta-feira, 22 de março de 2013

A história oculta do Superintendente da Polícia Civil do Ceará. Por que ele ainda está no Poder?



TORTURA,  IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA, TRÁFICO DE INFLUÊNCIA  E OUTROS CRIMES: POR QUE O CEARÁ TEM COMO SUPERINTENDENDE DA POLÍCIA CIVIL LUIZ CARLOS DANTAS? (parte I)

Saudações templárias!

Enquanto os índices de violência no Estado do Ceará aumentam vertiginosamente os responsáveis por essa catástrofe de homicídios, roubos e desrespeito às leis seguem intocáveis no Poder, indiferentes aos anseios da população. Por quê?

Há muito mais envolvido na cúpula da segurança Pública do Ceará do que as pessoas comuns podem imaginar. Torturadores, assassinos, sádicos, viciados em drogas e outros criminosos perigosos fazem parte desse círculo de chefia, que está limitado aos amigos da intimidade do Governador. Vamos falar um  pouco hoje de Luis Carlos Dantas, Superintendente da polícia Civil do Estado. Quatro casos muito famosos e que tiveram o envolvimento do Superintendente e que mostram que a Oligarquia Ferreira Gomes (família do Governador do Ceará) manda e desmanda em todos os Poderes do Ceará, condenando, absolvendo e protelando processos criminais de quem eles querem. Vamos dividir em duas partes para que não fique cansativo para o leitor desfrutar dessas informações preciosas.

Conheçam um dos homens mais poderosos da política dos Ferreira Gomes, o Superintendente da Polícia Civil, Luis Carlos Dantas.

Em praticamente todos os casos de corrupção e escândalos que passou a polícia civil do Ceará o Delegado Luis Carlos Dantas, Superintendente da Polícia Civil do Ceará estava envolvido, direta ou indiretamente.

Vamos voltar a 21 de abril 2008 e lembrarmo-nos da acusação de tráfico de influência que o mesmo passou a responder por conta de ele ter liberado carga de refrigerante fora da validade e com data adulterada, mais precisamente Coca-Cola, transportado por caminhão de uma distribuidora que atenderia a vários municípios da região de Canindé. A denúncia saiu no programa Barra Pesada - bons tempos aqueles em que nossa Imprensa era livre!. Na época ele já era superintendente da Polícia Civil. O caso foi investigado pelo delegado Francisco Miguel Sales Filho, na época, da Delegacia Regional de Senador Pompeu, que solicitou laudo pericial do produto. O caso também foi apurado pela Corregedoria das Polícias da Segurança Pública. Foram feitos no dia seguinte à apreensão do caminhão e de mais sete pessoas envolvidas no golpe dois laudos: um apontado como falso e outro constatando a adulteração.

O superintendente Luiz Carlos Dantas aparece em gravações feitas pelo delegado e é acusado de tráfico de influência em favor da distribuidora. Que punição ele sofreu?

Vamos viajar mais no tempo e vamos para o dia No dia 8 de abril de 2007, domingo, caso Ana Bruna, continuação do caso Valter Portela (pistolagem). Segundo os autos Na ‘manhã do dia 9 de abril, chegaram ao prédio da Superintendência da Polícia Civil o Delegado Alves de Paula, acompanhado da jovem Ana Bruna e da prima desta, Ana Paula Braga Fonseca. Alves de Paula cumpria a ordem recebida de Dantas para apresentar-lhe a testemunha. No momento em que os três se dirigiam para a sala de Alves de Paula, que fica no primeiro andar do prédio, o Delegado Alves viu, na varanda, defronte a Delegacia de Defraudações, no lado oposto à escadaria próxima ao fosso central, o Dr. Dantas conversando com os jornalistas Fernando Ribeiro e Nathália Duarte Lobo de Aguiar, ambos do Jornal Diário do Nordeste. Chegando à sua sala, o Delegado Alves de Paula telefonou para o Superintendente Dantas, comunicando-lhe a chegada da testemunha. Ao ser informado da chegada de Ana Bruna, o Superintendente Dantas disse ao Delegado Alves de Paula que não poderia ouvir a jovem naquele momento, alegando muita ocupação. ’Nesse dia Ana Bruna foi ouvida informalmente por outro delegado de Polícia Francisco Carlos Araújo Crisóstomo, então Superintendente Adjunto da Polícia Civil, e por uma moça morena, de cabelos pretos, lisos, bem vestida, que não foi identificada para a testemunha. E mais tarde, formalmente, pelos Delegados Francisco Alves de Paula e Deodato Alves Fernandes, presente o Promotor de Justiça da 1ª Promotoria da Comarca de Maracanaú, Dr. Jarlan Barroso Botelho. O foco do depoimento foi o mesmo do ocorrido pela manhã, o caso Valter Portela.

Ana Bruna


E Na manhã do dia seguinte, terça-feira, 10 de abril de 2007, para surpresa e preocupação das sérias autoridades do Ministério Público e da Polícia Civil deste Estado, o Jornal Diário do Nordeste noticiava, em artigo assinado pela repórter Nathália Lobo, que havia sido elucidado o crime de pistolagem que vitimara o comerciante Valter Portela, fato ocorrido no dia 1º de março daquele mesmo ano com riqueza de detalhes e entregando a identidade da jovem Bruna que acabou morta. A partir daí uma série de ligações criminosas em que estariam envolvidos policiais militares e delegados de polícia civil passou a apresentar-se visível e evidente para todos.

‘A sociedade cearense, embora também comovida com o triste episódio, viria a se estarrecer nos dias seguintes, quando soube, por meio de entrevista concedida pelo Promotor de Justiça Jarlan Botelho ao Jornal O Povo do dia 20 de abril de 2007, que o depoimento de Ana Bruna prestado na Superintendência da Polícia Civil havia vazado para a imprensa e para o Delegado Roberto de Castro, um dos suspeitos de ser o autor intelectual da morte de Valter Portela; e que esse vazamento, segundo ainda o Dr. Jarlan Botelho, teria sido uma das causas da execução de Ana Bruna.’
A partir daí uma série de sindicâncias e processos administrativos foram criados para poder investigar o caos que se instalou na Polícia Civil.O Resultado:

a) não restam dúvidas de que houve a quebra de sigilo das investigações, no âmbito da Superintendência da Polícia Civil do Ceará, com vazamento de informações à imprensa, notadamente ao Jornal Diário do Nordeste;

b) que o vazamento de informações à imprensa se deu no dia 9 de abril de 2007, no prédio da Superintendência da Polícia Civil do Estado do Ceará, na sala do DIP – Departamento de Inteligência Policial, onde presentes estavam Ana Bruna de Queiroz Braga, Ana Paula Braga Fonseca, Sra. Nathália Lobo, jornalista e repórter do Diário do Nordeste, Bel. Francisco Carlos Araújo Crisóstomo, Delegado Superintendente Adjunto, e Delegado Francisco Alves de Paula, Diretor do Departamento de Inteligência Policial;

c) que o Sr. Superintendente Luis Carlos Dantas estava no prédio da Superintendência da Polícia Civil na manhã do dia 9 de abril de 2007, conversou com os jornalistas Fernando Ribeiro e Nathália Lobo, e tinha conhecimento dos fatos que estavam acontecendo na sala do DIP.

O Ministério Público do Ceará, na época que era atuante, decidiu pedir ao judiciário a condenação das autoridades envolvidas, dentre elas LUIS CARLOS DANTAS, Superintendente da Polícia Civil e seu afastamento cautelar do seu cargo, visto  poder ele, como  delegado e Superintendente da Polícia Civil, poder influenciar no Processo.

Luis Carlos Dantas é superintendente até hoje.

Triste história essa que envolve um dos homens mais poderosos da Cúpula do Segurança Pública.

Mas ainda não acabou! Em outro texto vamos falar mais das acusações imputadas ao Superintendente da Polícia Civil do Ceará e vamos ponderar sobre o porquê desse homem continuar na Chefia da Polícia Judiciária desse Estado. Mais dois casos que repercutiram muito que tiveram envolvimento de Luis Carlos Dantas; um assassinato e tortura.

Non nobis Domine, non nobis, sed nomini tuo da gloriam



Um comentário:

  1. DR. VALDEREZ GOMES DISSE: O DR. LUIZ CARLOS DANTAS, É UMA CIDADÃO DA MAIS ALTA CONFIANÇA, O CEARÁ ESTA EM BOAS MÃOS, COM A INDICAÇÃO DESTA NOME PARA QUALQUER POSTO. EFICIENTE, TRABALHADOR, COM MUITA HISTÓRIA PRA CONTAR NA SUA CARREIRA, EU COMO ADVOGADO CRIMINALISTA, PARAIBANO COMO SOU, DESDE QUE TRABALHAVA NA PARAIBA COMO AGENTE ADMINISTRATIVO FEDERAL, QUE ADMIRO OS DANTAS DA PARAIBA COMO OS DO CEARA´, NO ENTANTO, AGORA NO CEARA, SEMPRE TENHO CONVERSADO EXPORADICAMENTE COM ELE , E SEMPRE TENHO TIDO A RECIPROCA VERDADEIRA. AINDA VAMOS CONVERSAR MAIS, TENHO PRECISÃO DE OUVI-LO EM QUESTÕES EXCLUSIVAS. SAUDAÇÕES FRATERNAS DR. DELEGADO DANTAS , UM ABRAÇO DO IRMÃO

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