quarta-feira, 27 de março de 2013

A história oculta do Superintendente da Polícia Civil do Ceará. (CONTINUAÇÃO)


TORTURA,  IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA, TRÁFICO DE INFLUÊNCIA  E OUTROS CRIMES: POR QUE O CEARÁ TEM COMO SUPERINTENDENDE DA POLÍCIA CIVIL LUIZ CARLOS DANTAS? (parte II)

Saudações templárias!

Começamos a falar da verdadeira identidade do Superintendente Geral da Polícia Civil, Del. Luis Carlos Dantas, e tivemos vários elogios sobre o texto. Na verdade era apenas a primeira parte de duas, que não contam nem a metade dos crimes que ele é acusado. Vamos nos estender mais hoje por mais três casos (tinha dito na primeira parte em dois, mas decidir acrescentar mais um, mas não se preocupem que vai ser rápida a minha explanação).

Vamos começar essa segunda parte com o caso do sequestrador Chico Peba, este havia se escondido debaixo de tijolos numa construção. As cenas são gravadas do celular do próprio superintendente da Polícia Civil, Luis Carlos Dantas, que na ação, em clima de euforia, conduz uma sessão de humilhação ao preso. Mais uma vez houve investigação quanto ao caso, que mostra nitidamente o crime de tortura. NADA FOI FEITO CONTRA O DELEGADO GERAL. O vídeo foi divulgado pela TV Verdes Mares, na época que ela não servia ao Governador do Ceará.


O CASO DO ASSASSINATO DO LAGOSTEIRO

Esse caso é famoso. A cúpula da Segurança Pública estava envolvida quase que em peso. Houve tortura para adquirir confissões, delegados foram afastados do caso para que uma parte minúscula, e que certamente estava envolvida, pudessem tomará frente.

Foi criada uma CPI para investigar o caso. Os fatos determinados a serem investigados por esta Comissão são o assassinato do empresário Cláudio Augusto Kmentt, a possível vinculação deste homicídio com o contrabando de lagosta imatura, além da averiguação de outras execuções que supostamente guardariam conexão com aquele crime, em especial, a que vitimou o acadêmico de medicina Carlos Henrique Ramalho. Não custa acrescentar que após esse assassinato vários  outros foram praticados, em conexão com o assassinato do  lagosteiro (queima de arquivo?), como a do gerente da Compescal, Sr. Vicente. Houve várias trocas de delegados naquela época.

Muitas são as versões citadas pela Imprensa e redes sociais, como a que diz que o empresário estava acompanhado de um vigia, do seu sócio e 2 funcionarias no momento em que ocorreu a farsa do um assalto. Eu pergunto que sócio seria este pois ate onde se sabe o Claudio Kment nunca teve sócio algum, e sim um gerente que o acompanhava a todos os lados e por incrível que pareça este justamente no dia do assassinato havia deixado sem razão alguma as chaves na ignição do seu carro coisa que jamais tinha feito. Este sujeito sequer foi investigado como deve ser até porque todos já sabiam o porquê do assassinato. O delegado Bastos (agora ex) fez um resumo do desenvolvimento das investigações até aquele momento, esclarecendo que foi convocado pela Secretaria de Segurança Pública para assumir o inquérito que apura o homicídio cometido contra Cláudio Augusto Kmentt. Ele não pode ter feito resumo de investigação alguma, pois esta se quer ocorreu e o local sequer foi periciado devidamente. Outro fato intrigante é que a área onde ocorreu o crime era muito policiada, porém nesse dia estava completamente desguarnecida. O delegado Luis Carlos Dantas era o Chefe da Inteligência da época.

Quem estava na condução das investigações era o Del. Roberto de Castro (9º DP), porém, o Dr. Hélio Leitão, Presidente da OAB, manifestou-se no sentido de retirá-lo do caso. Motivo: ele teria envolvimento com o crime contra o lagosteiro. Porém, nenhum procedimento administrativo foi feito para investigar seu envolvimento com o crime. Outro nome que figura nessa história é do já conhecido Major Castro, comandante da 1ª Cia/5º BPM, que também cobria aquela área, que coincidentemente estava despoliciada no dia do  homicídio.

Além da morte de Cláudio, surgiu também um outro processo, envolvendo um acadêmico de Medicina, Carlos Henrique Ramalho. Ele foi assassinado três dias depois da morte de Cláudio, provavelmente em Caucaia, e seu corpo foi abandonado em São Gonçalo do Amarante. A mãe do acadêmico, Dona Edênia, juntamente com um filho dela, procurou o Dr. Wilson Nascimento, um pouco depois de esse Processo estar em suas mãos. E na ocasião, ela fez revelações muito graves relatando o envolvimento de policiais civis e militares com uma rede de estelionato e extorsão, rede essa que teria determinado a morte do filho dela.

Inclusive, citou nomes, pessoas as quais ela teria entregado dinheiro pessoalmente, tirando da poupança. Dona Edênia chegou inclusive a dizer que o Delegado Roberto de Castro estava ameaçando o filho dela.

Carlos Henrique era um estudante de Medicina. Esse rapaz era um hacker, tinha uma facilidade enorme tanto em lidar com equipamento de informática, como em providenciar a criação e a extinção de firmas fantasmas. E quando Dona Edênia estava prestando depoimento ao Dr. Wilson Nascimento, viu na mesa dele uma notícia sobre a morte do Cláudio Kmentt e disse que o caso tinha relação com a morte do filho dela, então, imediatamente, ela foi encaminhada para ter contato com o Ministério Público, e essa senhora relatou tudo. Então passaram a investigar a vida do rapaz, que no terceiro ano de medicina começou a ganhar dinheiro aplicando golpes. Ele achou que era muito mais vantajoso ganhar dinheiro aplicando esses golpes do que na medicina. E envolveu-se nessa rede que envolve policiais civis e militares, também políticos.

É uma rede muito perigosa e não é nova. Esses policiais já têm vários processos na Corregedoria. Esse envolvimento fez com que a família conclamasse para que ele deixasse esse mundo do crime. Ele chegou, inclusive, a pensar em deixar o grupo, reuniu-se com a família e informou “eu não posso sair, se eu sair eu vou morrer”. E no dia de sua morte, esse rapaz recebeu um talonário de cheques do Banco do Brasil, que foi apreendido, uma carteira de identidade falsificada, com a recomendação de ir ao comércio e adquirir um TV Plasma de 54 polegadas, e quem determinou foi um policial. O rapaz chegou em casa chorando e mostrou os objetos para a mãe. A mãe reuniu a família, e decidiram se cotizar e comprar o aparelho para rapaz entregar e nunca mais ter contato com o tal policial.

O rapaz foi levar o recado e quando voltou disse que a proposta não havia sido aceita. Ele teria que fazer o que fora acertado. Ele saiu de casa para fazer isso e dois dias depois foi encontrado assassinado. O rapaz deu o nome do Delegado Roberto de Castro, como sendo quem lhe entregou o talonário. Além disso, esse rapaz pagava semanalmente R$3.000,00 em dinheiro que ele ia deixar na delegacia onde o Delegado Roberto de Castro estava, inclusive, a namorada dele, que é enfermeira, o acompanhava e afirmou isso claramente, que testemunhou esse fato. E a possibilidade de ligação que passou a existir entre o acadêmico e o Cláudio Kmentt, era em primeiro lugar, de que a técnica de atuação do acadêmico era conveniente para o Cláudio, porque ele se valia de firmas fantasmas e o acadêmico era expert nisso. Foi localizada uma testemunha fora de fortaleza, que viu uma notícia no Jornal “O Povo”, uma reportagem que saiu a foto do acadêmico e essa pessoa disse “eu conheço esse médico, já deixei o Dr. Cláudio na casa dele várias vezes”. Então surgiu essa ligação.

Esse inquérito estava tramitando com o Delegado de Paracuru. O Promotor de São Gonçalo do Amarante, verificando as informações, resolveu encaminhar para a Procuradora Geral de Justiça para que ela fizesse uma análise sobre se haveria ou não uma conexão entre os dois homicídios. E a Procuradora analisando os autos entendeu que havia uma conexão. Então esse inquérito também foi avocado. A partir desses dados, em reunião com o Dr. Wilson Nascimento, chegaram a conclusão que seria importante identificar os autores materiais do crime, para não comprometer a investigação apontando apenas os autores intelectuais. Nesse momento em diante, começaram a surgir ameaças. Disse ainda que, ao chegar no nome de um dos executores, viu que a coisa era mais pesada do que imaginava no início, que fosse desse nível, os executores são profissionais, que fazem parte de uma quadrilha que tem uma atuação interestadual, principalmente no Nordeste. Acrescentou que houve uma pessoa de dentro da polícia que intermediou, que fez o agenciamento. Um agenciador que teve contato com o Cláudio Kmentt. Ao iniciar a investigação e traçar o perfil de Cláudio Kmentt, teve muita dificuldade, pois ele poderia ser vítima de várias pessoas.

Após ouvir várias testemunhas, teve que fazer uma verdadeira triagem com um cuidado muito grave para não cometer injustiça. Ao ser questionado porque Cláudio havia morrido, disse que não poderia aprofundar essas informações por estar inserido no segredo de justiça. Mas revelou que Cláudio morreu porque falou demais, anunciando uma chantagem que iria fazer.

E aqui terminamos o caso do lagosteiro com a declaração da Sra. Francisca Edênia Nascimento Ramalho, mãe do acadêmico de medicina morto por se envolver com esses policiais corruptos. Vejam o que ele diz sobre o agora delegado Geral da Polícia Civil, Luis Carlos Dantas:

"No dia 29 de agosto de 2006, compareceu perante esta Comissão a Sra. Francisca Edênia Nascimento Ramalho, mãe do acadêmico de medicina Carlos Henrique Ramalho. A Sra. Francisca Edênia Nascimento Ramalho, em seu depoimento (fls. 661 a 675) perante esta CPI, relatou que à época do assassinato do seu filho procurou o Secretário de Segurança do Estado do Ceará, pedindo- lhe garantias, ao que o então Secretário confirmou que daria. Disse que se um policial for tentar mata-la dentro de sua casa, enquanto puder se defender, vai se defender. Que ao procurar ajuda com o Secretário de Segurança conheceu a Dra. Marília, no mesmo período em que o Delegado Roberto de Castro começou a mandar policiais passarem na sua rua constantemente. Disse que após a morte do seu filho, o Delegado Roberto de Castro ainda permaneceu na Delegacia perto de sua casa por uns 10 meses, mesmo todos sabendo que ele tinha matado seu filho Carlos Henrique. Somente com a intervenção da Dra. Marília conseguiram tira-lo de lá. Contou que um dia antes de seu filho morrer, Roberto de Castro entregou para Carlos Henrique um talão de cheques e uma identidade falsa para que ele comprasse uma televisão de 54 polegadas.

Afirma que Carlos Henrique então chegou para ela e disse que estava sendo ameaçado por Roberto de Castro e que se lhe acontecesse alguma coisa, teria sido o Roberto de Castro o responsável. Essa conversa foi na segunda-feira. Na terça, às duas horas da tarde, seu filho desapareceu. Quando deu pela falta do filho, ela foi à Delegacia, e pediu ao escrivão do Roberto de Castro que localizasse o carro de Carlos Henrique, isso com 24 horas que seu filho tinha desaparecido. Alega que foi aí que o Roberto de Castro começou a desmoralizar o Carlos Henrique, com ela escutando o que ele dizia. Perguntada sobre os nomes dos policiais, delegados, comissários, etc., que extorquiam o seu filho, ela citou o Delegado Jaime de Paula Pessoa, a quem Carlos Henrique dava dinheiro para ser solto; Delegado Roberto de Castro, com quem sequer sabia antes que o filho tinha ligação. Relatou também que certa vez estava em casa, por volta de dez horas da noite, e o último dinheiro que tinha era R$10.000,00 (dez mil reais), isso há uns 8 anos, e foi acordada para dar esse dinheiro.

Questionada sobre a quem entregou esse dinheiro, dona Edênia disse que foi na Delegacia do Centro e que eram umas 3 ou 4 pessoas. Entre essas pessoas estava o Delegado Dantas. Contou que, no dia do enterro do Carlos, o Mauro, seu outro filho, ligou para o Delegado, pedindo ajuda para investigar o caso. Na oportunidade, o Delegado disse que estava numa investigação de uns assaltos, não dando a menor importância. Perguntada sobre a relação que o Carlos Henrique tinha com a Telma, disse que eram negócios de uns cartões que eles faziam. Isso era o que ela sabia, e o que o seu filho lhe dizia. Confessou que já não podia mais com o Carlos, que se mudou da Rua Padre Mororó por causa do envolvimento dele com o crime, avisando que se ele quisesse ir com ela tudo bem, mas não queria mais “esse pessoal” na sua casa. Disse que conhece o Erivaldo Rodrigues, Vereador de Caucaia, e o irmão dele, Sargento Cícero Cláudio Rodrigues. Disse que os dois mantinham relacionamento com seu filho, e que iam buscar dinheiro demais. Afirma que foi o Erivaldo quem foi pra matar seu filho, mas não teve coragem, tendo sido o Roberto de Castro quem atirou.

É isso o que sabe. Relatou que os dois iam pegar dinheiro, brigavam, roubavam, e ela sofria por tudo isso. Disse que não sabia que o Carlos tinha qualquer relacionamento com o empresário lagosteiro Cláudio Kmentt, só soube depois que seu filho morreu. Descreveu que, quando soube, foi a informação de que o Carlos fazia coisas no computador para o empresário, que seu filho trabalhava para o Cláudio, montando empresas fantasmas. A declarante acha que a morte do seu filho está relacionada com a morte do empresário, até porque não haveria outro motivo. Disse que nunca conheceu o Cláudio, que nunca ouviu falar dele, nem tinha ouvido falar que o Cláudio morava perto dela.

Da mesma forma disse que também não conhecia a dona Elisa Gradvohl, vindo a saber depois também que ela poderia estar envolvida na morte do seu filho, porque a polícia começou a investigar dizendo que o Carlos Henrique tinha participado da morte de Cláudio. Alega que na oportunidade ela inclusive disse para a Dra. Marília que Carlos não era capaz de matar nem uma galinha. Segundo ela, de todos os seus filhos, o Carlos era um que certamente não faria isso, pois conhecia seu filho, e ele não era de matar ninguém. No decorrer das investigações, a polícia viu que ela tinha razão, pois o Carlos Henrique não tinha nada a ver com a morte do Cláudio.

Confirmou que o Delegado Roberto de Castro comunicou para a família que o carro do Carlos tinha desaparecido, antes mesmo de a família ter feito o registro do desaparecimento à polícia. Disse que, quando chegaram à Delegacia da Leste Oeste, ela e seu outro filho, Henrique, ligaram para falar com o Delegado Roberto de Castro, para dizer que se fosse por causa de dinheiro ele podia soltar o Carlos Henrique, pensando eles que o estudante estava vivo. Com 10 minutos receberam um telefonema dizendo que ele estava morto, e tinham encontrado o seu corpo há dois dias. Explicou que, quando Henrique ligou novamente, Roberto de Castro não atendeu mais nenhuma vez.

Afirma que já era comum eles juntarem dinheiro para pagar propina para o Carlos Henrique ser solto. Disse que o Carlos Henrique tinha uma casa no Icaraí, mas que não sabe como foi feito o negócio dessa casa. Sabe apenas que quem queria ficar com essa casa era o Vereador de Caucaia, Presidente da Câmara. Essa pessoa inclusive recebeu recentemente o título de cidadão de Caucaia. A declarante afirma que não tem dúvidas sobre as pessoas que mataram seu filho, que foram o Delegado Roberto de Castro e o Vereador de Caucaia, Erivaldo Rodrigues. Alega que o irmão dele, o Sargento Cícero, também estava envolvido, e após o crime foi na casa da declarante, dizendo que o Carlos Henrique era uma pessoa maravilhosa, e não entendia como aquilo tinha acontecido. Relatou que o Delegado de São Gonçalo mandou intimação para que ela fosse lá com sua família, mas a Dra. Marília lhe disse para não ir.

O Delegado do Conjunto José Valter também enviou intimação. A Dra. Marília a acompanhou até lá, e disse que a partir daquele momento, se houvesse algo a tratar com a família seria através dela, e nunca mais os procuraram. Depois foi que veio saber que o Roberto de Castro antes trabalhava lá, na Delegacia do Conjunto José Valter, e mandava chamar o Carlos Henrique lá. Ela disse que deu dinheiro para os policiais soltarem seu filho pelo menos umas dez vezes, e que da última vez “ficou quebrada”. Afirma que nesta ocasião, lembra-se bem da presença do Delegado Dantas. O Jaime de Paula Pessoa também estava lá. Esclareceu que Telma sabe de tudo isso, mas não acredita que ela vá depor, pois tem medo de morrer. Disse que Telma só escapou porque ficou calada, senão teria morrido também.

Perguntada se tomou alguma providência no momento em que soube do envolvimento do seu filho com autoridades policiais, a declarante disse que não, que não procurou o Secretário de Segurança, que nunca comunicou por não ter nenhuma experiência e ser pessoa criada no interior. Com relação ao envolvimento de outros empresários nas mortes do seu filho e do empresário Cláudio Kmentt, disse só ter ouvido falar na dona Eliza Gradvohl, por causa de dinheiro dela. Segundo comentários que passou a ouvir, ela dá dinheiro a todo mundo, e até o dinheiro roubado do Banco Central de Fortaleza teria saído em três barcos dela. Que veio a saber de tudo isso depois da morte do seu filho. Após a morte do seu filho soube que o Delegado Roberto de Castro não prendia um marginal, pois o que o interessava era o dinheiro, que não há um auto contra um marginal na Delegacia dele. Falou que, quando soube que seu filho estava morto, ficou transtornada, e na hora disse para seu outro filho, Henrique, que tinha sido o Roberto de Castro, pois Carlos Henrique tinha lhe dito que estava sendo ameaçado um dia antes de desaparecer. Disse que o talão de cheques que Roberto de Castro deu para seu filho comprar uma televisão de 29 polegadas, deve estar em poder da Dra. Marília ou do Dr. Pedro Olímpio.

Esclareceu que ainda chegou a questionar com Carlos Henrique o porquê de ele não comprar logo essa TV, que ela o ajudava, tudo para ele se ver logo livre disso, mas que ele não a ouviu. Disse que a conversa que teve nesse dia com Carlos Henrique foi muito rápida. Que chegou a achar que seu filho estava desequilibrado, pois não acreditava que um Delegado lhe estaria ameaçando de morte. Disse que às 11 horas da noite o escrivão ligou dizendo que tinham encontrado o carro, estava num local perto do banco, que não precisava de polícia, era só chegar lá e tirar o carro. Ela falou que foi, e lá a polícia de Caucaia não “deu um passo”, não foi investigar o carro, não fez nada.
A polícia liberou o carro sem nenhuma perícia. Relatou que o atestado de óbito foi feito errado pelo IML, havendo uma falha da doutora que fez o atestado. Que acredita que essa falha tenha sido proposital, tudo combinado para não se identificar a causa da morte. Acredita que todos tenham “rabo preso”, e por isso não é possível uma investigação séria. Disse que conversou com muita gente, com o Secretário de Segurança, que lhe garantiu apurar o caso, mas nada foi feito, a não ser uma única vez, quando acreditaram que tinha sido o Carlos Henrique quem tinha matado o Cláudio Kmentt.

Aí ainda investigaram um pouco, mas só. A Dra. Marília trabalhou muito, mas sofreu tanta ameaça que teve que largar o caso. Ratifica que na sua opinião, além do Delegado Roberto de Castro, a dona Elisa Gradvohl está envolvida, pois ela veio dizer que conhecia o Carlos Henrique como lagosteiro, e ele nunca tinha sido lagosteiro. Acredita que todos os Delegados sabiam quem tinha assassinado seu filho. Que seu genro entrou na Delegacia para pegar o atestado de óbito, e na hora o Erivaldo Rodrigues, Vereador de Caucaia, que foi pra matar o Carlos Henrique, entrou. Acredita que sequer chegue em casa viva de tanta gente que está envolvida. Afirma que quem atirou no seu filho o fez na testa e no peito, e os tiros foram desferidos pelo Delegado Roberto de Castro. Perguntada se seu filho também negociava com drogas, disse que não. Afirmou que não viu o Delegado Roberto de Castro atirar em seu filho, mas que conversou com gente de “alta responsabilidade” que afirmou, mas que não pode falar quem foi, pois a pessoa não autorizou que dissesse. Avisada de que a senhora Telma já teria sido encontrada, comentou que no dia deste depoimento, quando estava saindo de casa, já havia um policial na sua porta, decerto sabendo que ela ia depor. Quanto a Telma, disse que não a acusa de ter matado seu filho. Entre os seus outros filhos, alguns dizem que tem certeza de que a Telma sabia de tudo, mas ela nunca achou uma pessoa que dissesse que Telma estaria envolvida na morte do seu filho, embora no dia seguinte à morte dele, ela já sabia.

Disse que Telma está com uma fita de um aniversário do Carlos Henrique, fita esta que estava em sua casa, e Telma pegou, dizendo que ia gravar em um CD. Daí então, nunca mais viu Telma ou a fita. Esclareceu que a criança da Telma é de outro filho dela, e não do Carlos Henrique. Acha que na fita que Telma levou tinha sido gravado alguém que podia ser incriminado na morte do Carlos. Afirmou que o Promotor Pedro Olímpio e a Dra. Marília têm tudo o que ela falou por escrito. Que o Delegado Ronaldo tem tudo também. Ao final se comprometeu a comparecer na sessão seguinte, quando seria tomado o depoimento da senhora Telma.

Em virtude da preocupação demonstrada pela Senhora Francisca Edênia Nascimento Ramalho, que relatou inclusive estar sendo intimidada pela constante presença de viaturas da polícia civil defronte sua residência, a Comissão enviou Ofício ao Secretário da Justiça e Cidadania solicitando envidar esforços no sentido de garantir sua integridade física."

UM PEDIDO DE CONDENAÇÃO

No dia 19 de outubro de 2010, o Promotor de Justiça José Egydio Coelho Junior,  no processo de número 398241-42.2010.8.06.0001, resolveu pedir a CONDENAÇÃO,O RESSARCIMENTO INTEGRAL DO DANO, A PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA (mais uma vez), A SUSPENSÃO DOS DIREITOSPOLÍTICOS  DE TRÊS A CINCO ANOS,  PAGAMENTO DE MULTA CIVIL DE ATÉ CEM VEZES O VALOR DA REMUNERAÇÃO PÉRCEBIDA PELO AGENTE E PROIBIÇÃO DE CONTRATAR COM O PODER PÚBLICO OU RECEBER BENEFÍCIOS OU INCENTIVOS FISCAIS OU CREDITÍCIOS, DIRETA OU INDIRETAMENTE, AINDA QUE POR INTERMÉDIO DE PESSOA JURÍDICA DA QUAL SEJA SÓCIO MAJORITÁRIO, PELO PRAZO DE TRÊS ANOS das seguintes pessoas: LUIZ CARLOS DE ARAUJO DANTAS, FRANCISCO CARLOS ARAÚJO CRISÓSTOMO E JOSÉ FERNANDO DA SILVA.

Como todos podem verificar, o Delegado Luis Carlos dantas,  Delegado Geral da Polícia Civil, é o reflexo da insegurança de nosso Estado. Ele mesmo sendo responsável, direta e indiretamente, de crimes terríveis, tendo sido pedido a perda da sua função pelo Ministério Público várias vezes, mesmo assim ele permanece intocável. Sua condição incólume das mãos, já algemadas pelo Govenador, da Justiça, o deixa confortável em permanecer no caso. Com a Imprensa nas Mãos dos Ferreira Gomes (família que manda no Ceará), nada, nem ninguém, me tese, poderá tirá-lo do cargo.

Por ter sido Chefe da Inteligência deve saber de muita coisa. Talvez tenha um certo vídeo trazido do Rio de janeiro que tem cenas fortes envolvendo o Governador do Estado em momento não apropriados para a vista da população, pois ele foi um dos que foram lá para buscá-la. Muito esperto ele. Assim, ele tem todos nas mãos, com informações importantíssimas. No entanto, nós também temos!



Non nobis Domine, non nobis, sed nomini tuo da gloriam 










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