TORTURA, IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA, TRÁFICO DE
INFLUÊNCIA E OUTROS CRIMES: POR QUE O
CEARÁ TEM COMO SUPERINTENDENDE DA POLÍCIA CIVIL LUIZ CARLOS DANTAS? (parte II)
Saudações
templárias!
Começamos
a falar da verdadeira identidade do Superintendente Geral da Polícia Civil, Del.
Luis Carlos Dantas, e tivemos vários elogios sobre o texto. Na verdade era apenas
a primeira parte de duas, que não contam nem a metade dos crimes que ele é
acusado. Vamos nos estender mais hoje por mais três casos (tinha dito na
primeira parte em dois, mas decidir acrescentar mais um, mas não se preocupem
que vai ser rápida a minha explanação).
Vamos
começar essa segunda parte com o caso do sequestrador Chico Peba, este havia se
escondido debaixo de tijolos numa construção. As cenas são gravadas do celular
do próprio superintendente da Polícia Civil, Luis Carlos Dantas, que na ação,
em clima de euforia, conduz uma sessão de humilhação ao preso. Mais uma vez
houve investigação quanto ao caso, que mostra nitidamente o crime de tortura. NADA
FOI FEITO CONTRA O DELEGADO GERAL. O vídeo foi divulgado pela TV Verdes Mares,
na época que ela não servia ao Governador do Ceará.
O CASO DO ASSASSINATO DO LAGOSTEIRO
Esse caso é famoso. A cúpula da Segurança
Pública estava envolvida quase que em peso. Houve tortura para adquirir
confissões, delegados foram afastados do caso para que uma parte minúscula, e
que certamente estava envolvida, pudessem tomará frente.
Foi criada uma CPI para investigar o caso. Os
fatos determinados a serem investigados por esta Comissão são o assassinato do
empresário Cláudio Augusto Kmentt, a possível vinculação deste homicídio com o
contrabando de lagosta imatura, além da averiguação de outras execuções que
supostamente guardariam conexão com aquele crime, em especial, a que vitimou o
acadêmico de medicina Carlos Henrique Ramalho. Não custa acrescentar que após
esse assassinato vários outros foram
praticados, em conexão com o assassinato do
lagosteiro (queima de arquivo?), como a do gerente da Compescal, Sr. Vicente.
Houve várias trocas de delegados naquela época.
Muitas são as versões citadas pela Imprensa e
redes sociais, como a que diz que o empresário estava acompanhado de um vigia,
do seu sócio e 2 funcionarias no momento em que ocorreu a farsa do um assalto.
Eu pergunto que sócio seria este pois ate onde se sabe o Claudio Kment nunca
teve sócio algum, e sim um gerente que o acompanhava a todos os lados e por
incrível que pareça este justamente no dia do assassinato havia deixado sem
razão alguma as chaves na ignição do seu carro coisa que jamais tinha feito.
Este sujeito sequer foi investigado como deve ser até porque todos já sabiam o
porquê do assassinato. O delegado Bastos (agora ex) fez um resumo do
desenvolvimento das investigações até aquele momento, esclarecendo que foi
convocado pela Secretaria de Segurança Pública para assumir o inquérito que
apura o homicídio cometido contra Cláudio Augusto Kmentt. Ele não pode ter
feito resumo de investigação alguma, pois esta se quer ocorreu e o local sequer
foi periciado devidamente. Outro fato intrigante é que a área onde ocorreu o
crime era muito policiada, porém nesse dia estava completamente desguarnecida.
O delegado Luis Carlos Dantas era o Chefe da Inteligência da época.
Quem estava na condução das investigações era o
Del. Roberto de Castro (9º DP), porém, o Dr. Hélio Leitão, Presidente da OAB,
manifestou-se no sentido de retirá-lo do caso. Motivo: ele teria envolvimento
com o crime contra o lagosteiro. Porém, nenhum procedimento administrativo foi
feito para investigar seu envolvimento com o crime. Outro nome que figura nessa
história é do já conhecido Major Castro, comandante da 1ª Cia/5º BPM, que também
cobria aquela área, que coincidentemente estava despoliciada no dia do homicídio.
Além da morte de Cláudio, surgiu também um
outro processo, envolvendo um acadêmico de Medicina, Carlos Henrique Ramalho.
Ele foi assassinado três dias depois da morte de Cláudio, provavelmente em
Caucaia, e seu corpo foi abandonado em São Gonçalo do Amarante. A mãe do
acadêmico, Dona Edênia, juntamente com um filho dela, procurou o Dr. Wilson Nascimento,
um pouco depois de esse Processo estar em suas mãos. E na ocasião, ela fez
revelações muito graves relatando o envolvimento de policiais civis e militares
com uma rede de estelionato e extorsão, rede essa que teria determinado a morte
do filho dela.
Inclusive, citou nomes, pessoas as quais ela teria entregado dinheiro pessoalmente, tirando da poupança. Dona Edênia chegou inclusive a dizer que o Delegado Roberto de Castro estava ameaçando o filho dela.
Carlos Henrique era um estudante de Medicina. Esse rapaz era um hacker, tinha uma facilidade enorme tanto em lidar com equipamento de informática, como em providenciar a criação e a extinção de firmas fantasmas. E quando Dona Edênia estava prestando depoimento ao Dr. Wilson Nascimento, viu na mesa dele uma notícia sobre a morte do Cláudio Kmentt e disse que o caso tinha relação com a morte do filho dela, então, imediatamente, ela foi encaminhada para ter contato com o Ministério Público, e essa senhora relatou tudo. Então passaram a investigar a vida do rapaz, que no terceiro ano de medicina começou a ganhar dinheiro aplicando golpes. Ele achou que era muito mais vantajoso ganhar dinheiro aplicando esses golpes do que na medicina. E envolveu-se nessa rede que envolve policiais civis e militares, também políticos.
É uma rede muito perigosa e não é nova. Esses policiais já têm vários processos na Corregedoria. Esse envolvimento fez com que a família conclamasse para que ele deixasse esse mundo do crime. Ele chegou, inclusive, a pensar em deixar o grupo, reuniu-se com a família e informou “eu não posso sair, se eu sair eu vou morrer”. E no dia de sua morte, esse rapaz recebeu um talonário de cheques do Banco do Brasil, que foi apreendido, uma carteira de identidade falsificada, com a recomendação de ir ao comércio e adquirir um TV Plasma de 54 polegadas, e quem determinou foi um policial. O rapaz chegou em casa chorando e mostrou os objetos para a mãe. A mãe reuniu a família, e decidiram se cotizar e comprar o aparelho para rapaz entregar e nunca mais ter contato com o tal policial.
O rapaz foi levar o recado e quando voltou disse que a proposta não havia sido aceita. Ele teria que fazer o que fora acertado. Ele saiu de casa para fazer isso e dois dias depois foi encontrado assassinado. O rapaz deu o nome do Delegado Roberto de Castro, como sendo quem lhe entregou o talonário. Além disso, esse rapaz pagava semanalmente R$3.000,00 em dinheiro que ele ia deixar na delegacia onde o Delegado Roberto de Castro estava, inclusive, a namorada dele, que é enfermeira, o acompanhava e afirmou isso claramente, que testemunhou esse fato. E a possibilidade de ligação que passou a existir entre o acadêmico e o Cláudio Kmentt, era em primeiro lugar, de que a técnica de atuação do acadêmico era conveniente para o Cláudio, porque ele se valia de firmas fantasmas e o acadêmico era expert nisso. Foi localizada uma testemunha fora de fortaleza, que viu uma notícia no Jornal “O Povo”, uma reportagem que saiu a foto do acadêmico e essa pessoa disse “eu conheço esse médico, já deixei o Dr. Cláudio na casa dele várias vezes”. Então surgiu essa ligação.
Esse inquérito estava tramitando com o Delegado de Paracuru. O Promotor de São Gonçalo do Amarante, verificando as informações, resolveu encaminhar para a Procuradora Geral de Justiça para que ela fizesse uma análise sobre se haveria ou não uma conexão entre os dois homicídios. E a Procuradora analisando os autos entendeu que havia uma conexão. Então esse inquérito também foi avocado. A partir desses dados, em reunião com o Dr. Wilson Nascimento, chegaram a conclusão que seria importante identificar os autores materiais do crime, para não comprometer a investigação apontando apenas os autores intelectuais. Nesse momento em diante, começaram a surgir ameaças. Disse ainda que, ao chegar no nome de um dos executores, viu que a coisa era mais pesada do que imaginava no início, que fosse desse nível, os executores são profissionais, que fazem parte de uma quadrilha que tem uma atuação interestadual, principalmente no Nordeste. Acrescentou que houve uma pessoa de dentro da polícia que intermediou, que fez o agenciamento. Um agenciador que teve contato com o Cláudio Kmentt. Ao iniciar a investigação e traçar o perfil de Cláudio Kmentt, teve muita dificuldade, pois ele poderia ser vítima de várias pessoas.
Após ouvir várias testemunhas, teve que fazer uma verdadeira triagem com um cuidado muito grave para não cometer injustiça. Ao ser questionado porque Cláudio havia morrido, disse que não poderia aprofundar essas informações por estar inserido no segredo de justiça. Mas revelou que Cláudio morreu porque falou demais, anunciando uma chantagem que iria fazer.
Inclusive, citou nomes, pessoas as quais ela teria entregado dinheiro pessoalmente, tirando da poupança. Dona Edênia chegou inclusive a dizer que o Delegado Roberto de Castro estava ameaçando o filho dela.
Carlos Henrique era um estudante de Medicina. Esse rapaz era um hacker, tinha uma facilidade enorme tanto em lidar com equipamento de informática, como em providenciar a criação e a extinção de firmas fantasmas. E quando Dona Edênia estava prestando depoimento ao Dr. Wilson Nascimento, viu na mesa dele uma notícia sobre a morte do Cláudio Kmentt e disse que o caso tinha relação com a morte do filho dela, então, imediatamente, ela foi encaminhada para ter contato com o Ministério Público, e essa senhora relatou tudo. Então passaram a investigar a vida do rapaz, que no terceiro ano de medicina começou a ganhar dinheiro aplicando golpes. Ele achou que era muito mais vantajoso ganhar dinheiro aplicando esses golpes do que na medicina. E envolveu-se nessa rede que envolve policiais civis e militares, também políticos.
É uma rede muito perigosa e não é nova. Esses policiais já têm vários processos na Corregedoria. Esse envolvimento fez com que a família conclamasse para que ele deixasse esse mundo do crime. Ele chegou, inclusive, a pensar em deixar o grupo, reuniu-se com a família e informou “eu não posso sair, se eu sair eu vou morrer”. E no dia de sua morte, esse rapaz recebeu um talonário de cheques do Banco do Brasil, que foi apreendido, uma carteira de identidade falsificada, com a recomendação de ir ao comércio e adquirir um TV Plasma de 54 polegadas, e quem determinou foi um policial. O rapaz chegou em casa chorando e mostrou os objetos para a mãe. A mãe reuniu a família, e decidiram se cotizar e comprar o aparelho para rapaz entregar e nunca mais ter contato com o tal policial.
O rapaz foi levar o recado e quando voltou disse que a proposta não havia sido aceita. Ele teria que fazer o que fora acertado. Ele saiu de casa para fazer isso e dois dias depois foi encontrado assassinado. O rapaz deu o nome do Delegado Roberto de Castro, como sendo quem lhe entregou o talonário. Além disso, esse rapaz pagava semanalmente R$3.000,00 em dinheiro que ele ia deixar na delegacia onde o Delegado Roberto de Castro estava, inclusive, a namorada dele, que é enfermeira, o acompanhava e afirmou isso claramente, que testemunhou esse fato. E a possibilidade de ligação que passou a existir entre o acadêmico e o Cláudio Kmentt, era em primeiro lugar, de que a técnica de atuação do acadêmico era conveniente para o Cláudio, porque ele se valia de firmas fantasmas e o acadêmico era expert nisso. Foi localizada uma testemunha fora de fortaleza, que viu uma notícia no Jornal “O Povo”, uma reportagem que saiu a foto do acadêmico e essa pessoa disse “eu conheço esse médico, já deixei o Dr. Cláudio na casa dele várias vezes”. Então surgiu essa ligação.
Esse inquérito estava tramitando com o Delegado de Paracuru. O Promotor de São Gonçalo do Amarante, verificando as informações, resolveu encaminhar para a Procuradora Geral de Justiça para que ela fizesse uma análise sobre se haveria ou não uma conexão entre os dois homicídios. E a Procuradora analisando os autos entendeu que havia uma conexão. Então esse inquérito também foi avocado. A partir desses dados, em reunião com o Dr. Wilson Nascimento, chegaram a conclusão que seria importante identificar os autores materiais do crime, para não comprometer a investigação apontando apenas os autores intelectuais. Nesse momento em diante, começaram a surgir ameaças. Disse ainda que, ao chegar no nome de um dos executores, viu que a coisa era mais pesada do que imaginava no início, que fosse desse nível, os executores são profissionais, que fazem parte de uma quadrilha que tem uma atuação interestadual, principalmente no Nordeste. Acrescentou que houve uma pessoa de dentro da polícia que intermediou, que fez o agenciamento. Um agenciador que teve contato com o Cláudio Kmentt. Ao iniciar a investigação e traçar o perfil de Cláudio Kmentt, teve muita dificuldade, pois ele poderia ser vítima de várias pessoas.
Após ouvir várias testemunhas, teve que fazer uma verdadeira triagem com um cuidado muito grave para não cometer injustiça. Ao ser questionado porque Cláudio havia morrido, disse que não poderia aprofundar essas informações por estar inserido no segredo de justiça. Mas revelou que Cláudio morreu porque falou demais, anunciando uma chantagem que iria fazer.
E aqui terminamos o caso do lagosteiro com a
declaração da Sra. Francisca Edênia Nascimento Ramalho, mãe do acadêmico de
medicina morto por se envolver com esses policiais corruptos. Vejam o que ele
diz sobre o agora delegado Geral da Polícia Civil, Luis Carlos Dantas:
"No dia 29 de agosto de 2006, compareceu
perante esta Comissão a Sra. Francisca Edênia Nascimento Ramalho, mãe do
acadêmico de medicina Carlos Henrique Ramalho. A Sra. Francisca Edênia
Nascimento Ramalho, em seu depoimento (fls. 661 a 675) perante esta CPI,
relatou que à época do assassinato do seu filho procurou o Secretário de
Segurança do Estado do Ceará, pedindo- lhe garantias, ao que o então Secretário
confirmou que daria. Disse que se um policial for tentar mata-la dentro de sua
casa, enquanto puder se defender, vai se defender. Que ao procurar ajuda com o
Secretário de Segurança conheceu a Dra. Marília, no mesmo período em que o
Delegado Roberto de Castro começou a mandar policiais passarem na sua rua
constantemente. Disse que após a morte do seu filho, o Delegado Roberto de
Castro ainda permaneceu na Delegacia perto de sua casa por uns 10 meses, mesmo
todos sabendo que ele tinha matado seu filho Carlos Henrique. Somente com a
intervenção da Dra. Marília conseguiram tira-lo de lá. Contou que um dia antes
de seu filho morrer, Roberto de Castro entregou para Carlos Henrique um talão
de cheques e uma identidade falsa para que ele comprasse uma televisão de 54
polegadas.
Afirma que Carlos Henrique então chegou para ela e disse que estava sendo ameaçado por Roberto de Castro e que se lhe acontecesse alguma coisa, teria sido o Roberto de Castro o responsável. Essa conversa foi na segunda-feira. Na terça, às duas horas da tarde, seu filho desapareceu. Quando deu pela falta do filho, ela foi à Delegacia, e pediu ao escrivão do Roberto de Castro que localizasse o carro de Carlos Henrique, isso com 24 horas que seu filho tinha desaparecido. Alega que foi aí que o Roberto de Castro começou a desmoralizar o Carlos Henrique, com ela escutando o que ele dizia. Perguntada sobre os nomes dos policiais, delegados, comissários, etc., que extorquiam o seu filho, ela citou o Delegado Jaime de Paula Pessoa, a quem Carlos Henrique dava dinheiro para ser solto; Delegado Roberto de Castro, com quem sequer sabia antes que o filho tinha ligação. Relatou também que certa vez estava em casa, por volta de dez horas da noite, e o último dinheiro que tinha era R$10.000,00 (dez mil reais), isso há uns 8 anos, e foi acordada para dar esse dinheiro.
Afirma que Carlos Henrique então chegou para ela e disse que estava sendo ameaçado por Roberto de Castro e que se lhe acontecesse alguma coisa, teria sido o Roberto de Castro o responsável. Essa conversa foi na segunda-feira. Na terça, às duas horas da tarde, seu filho desapareceu. Quando deu pela falta do filho, ela foi à Delegacia, e pediu ao escrivão do Roberto de Castro que localizasse o carro de Carlos Henrique, isso com 24 horas que seu filho tinha desaparecido. Alega que foi aí que o Roberto de Castro começou a desmoralizar o Carlos Henrique, com ela escutando o que ele dizia. Perguntada sobre os nomes dos policiais, delegados, comissários, etc., que extorquiam o seu filho, ela citou o Delegado Jaime de Paula Pessoa, a quem Carlos Henrique dava dinheiro para ser solto; Delegado Roberto de Castro, com quem sequer sabia antes que o filho tinha ligação. Relatou também que certa vez estava em casa, por volta de dez horas da noite, e o último dinheiro que tinha era R$10.000,00 (dez mil reais), isso há uns 8 anos, e foi acordada para dar esse dinheiro.
Questionada sobre a quem entregou esse
dinheiro, dona Edênia disse que foi na Delegacia do Centro e que eram umas 3 ou
4 pessoas. Entre essas pessoas estava o Delegado
Dantas. Contou que, no dia do enterro do Carlos, o Mauro, seu outro
filho, ligou para o Delegado,
pedindo ajuda para investigar o caso. Na oportunidade, o Delegado disse que estava numa
investigação de uns assaltos, não dando a menor importância. Perguntada sobre a
relação que o Carlos Henrique tinha com a Telma, disse que eram negócios de uns
cartões que eles faziam. Isso era o que ela sabia, e o que o seu filho lhe
dizia. Confessou que já não podia mais com o Carlos, que se mudou da Rua Padre
Mororó por causa do envolvimento dele com o crime, avisando que se ele quisesse
ir com ela tudo bem, mas não queria mais “esse pessoal” na sua casa. Disse que
conhece o Erivaldo Rodrigues, Vereador de Caucaia, e o irmão dele, Sargento
Cícero Cláudio Rodrigues. Disse que os dois mantinham relacionamento com seu
filho, e que iam buscar dinheiro demais. Afirma que foi o Erivaldo quem foi pra
matar seu filho, mas não teve coragem, tendo sido o Roberto de Castro quem
atirou.
É isso o que sabe. Relatou que os dois iam
pegar dinheiro, brigavam, roubavam, e ela sofria por tudo isso. Disse que não
sabia que o Carlos tinha qualquer relacionamento com o empresário lagosteiro
Cláudio Kmentt, só soube depois que seu filho morreu. Descreveu que, quando
soube, foi a informação de que o Carlos fazia coisas no computador para o
empresário, que seu filho trabalhava para o Cláudio, montando empresas
fantasmas. A declarante acha que a morte do seu filho está relacionada com a
morte do empresário, até porque não haveria outro motivo. Disse que nunca
conheceu o Cláudio, que nunca ouviu falar dele, nem tinha ouvido falar que o
Cláudio morava perto dela.
Da mesma forma disse que também não conhecia
a dona Elisa Gradvohl, vindo a saber depois também que ela poderia estar
envolvida na morte do seu filho, porque a polícia começou a investigar dizendo
que o Carlos Henrique tinha participado da morte de Cláudio. Alega que na
oportunidade ela inclusive disse para a Dra. Marília que Carlos não era capaz
de matar nem uma galinha. Segundo ela, de todos os seus filhos, o Carlos era um
que certamente não faria isso, pois conhecia seu filho, e ele não era de matar
ninguém. No decorrer das investigações, a polícia viu que ela tinha razão, pois
o Carlos Henrique não tinha nada a ver com a morte do Cláudio.
Confirmou que o Delegado Roberto de Castro
comunicou para a família que o carro do Carlos tinha desaparecido, antes mesmo
de a família ter feito o registro do desaparecimento à polícia. Disse que,
quando chegaram à Delegacia da Leste Oeste, ela e seu outro filho, Henrique,
ligaram para falar com o Delegado Roberto de Castro, para dizer que se fosse
por causa de dinheiro ele podia soltar o Carlos Henrique, pensando eles que o
estudante estava vivo. Com 10 minutos receberam um telefonema dizendo que ele
estava morto, e tinham encontrado o seu corpo há dois dias. Explicou que,
quando Henrique ligou novamente, Roberto de Castro não atendeu mais nenhuma
vez.
Afirma que já era comum eles juntarem
dinheiro para pagar propina para o Carlos Henrique ser solto. Disse que o
Carlos Henrique tinha uma casa no Icaraí, mas que não sabe como foi feito o
negócio dessa casa. Sabe apenas que quem queria ficar com essa casa era o
Vereador de Caucaia, Presidente da Câmara. Essa pessoa inclusive recebeu
recentemente o título de cidadão de Caucaia. A declarante afirma que não tem
dúvidas sobre as pessoas que mataram seu filho, que foram o Delegado Roberto de
Castro e o Vereador de Caucaia, Erivaldo Rodrigues. Alega que o irmão dele, o
Sargento Cícero, também estava envolvido, e após o crime foi na casa da
declarante, dizendo que o Carlos Henrique era uma pessoa maravilhosa, e não
entendia como aquilo tinha acontecido. Relatou que o Delegado de São Gonçalo
mandou intimação para que ela fosse lá com sua família, mas a Dra. Marília lhe
disse para não ir.
O Delegado do Conjunto José Valter também
enviou intimação. A Dra. Marília a acompanhou até lá, e disse que a partir
daquele momento, se houvesse algo a tratar com a família seria através dela, e
nunca mais os procuraram. Depois foi que veio saber que o Roberto de Castro antes
trabalhava lá, na Delegacia do Conjunto José Valter, e mandava chamar o Carlos
Henrique lá. Ela disse que deu dinheiro
para os policiais soltarem seu filho pelo menos umas dez vezes, e que da última
vez “ficou quebrada”. Afirma que nesta ocasião, lembra-se bem da presença do
Delegado Dantas. O Jaime de Paula Pessoa também estava lá. Esclareceu
que Telma sabe de tudo isso, mas não acredita que ela vá depor, pois tem medo
de morrer. Disse que Telma só escapou porque ficou calada, senão teria morrido
também.
Perguntada se tomou alguma providência no
momento em que soube do envolvimento do seu filho com autoridades policiais, a
declarante disse que não, que não procurou o Secretário de Segurança, que nunca
comunicou por não ter nenhuma experiência e ser pessoa criada no interior. Com
relação ao envolvimento de outros empresários nas mortes do seu filho e do
empresário Cláudio Kmentt, disse só ter ouvido falar na dona Eliza Gradvohl,
por causa de dinheiro dela. Segundo comentários que passou a ouvir, ela dá dinheiro
a todo mundo, e até o dinheiro roubado do Banco Central de Fortaleza teria
saído em três barcos dela. Que veio a saber de tudo isso depois da morte do seu
filho. Após a morte do seu filho soube que o Delegado Roberto de Castro não
prendia um marginal, pois o que o interessava era o dinheiro, que não há um
auto contra um marginal na Delegacia dele. Falou que, quando soube que seu
filho estava morto, ficou transtornada, e na hora disse para seu outro filho,
Henrique, que tinha sido o Roberto de Castro, pois Carlos Henrique tinha lhe
dito que estava sendo ameaçado um dia antes de desaparecer. Disse que o talão
de cheques que Roberto de Castro deu para seu filho comprar uma televisão de 29
polegadas, deve estar em poder da Dra. Marília ou do Dr. Pedro Olímpio.
Esclareceu que ainda chegou a questionar com
Carlos Henrique o porquê de ele não comprar logo essa TV, que ela o ajudava,
tudo para ele se ver logo livre disso, mas que ele não a ouviu. Disse que a
conversa que teve nesse dia com Carlos Henrique foi muito rápida. Que chegou a
achar que seu filho estava desequilibrado, pois não acreditava que um Delegado
lhe estaria ameaçando de morte. Disse que às 11 horas da noite o escrivão ligou
dizendo que tinham encontrado o carro, estava num local perto do banco, que não
precisava de polícia, era só chegar lá e tirar o carro. Ela falou que foi, e lá
a polícia de Caucaia não “deu um passo”, não foi investigar o carro, não fez
nada.
A polícia liberou o carro sem nenhuma
perícia. Relatou que o atestado de óbito foi feito errado pelo IML, havendo uma
falha da doutora que fez o atestado. Que acredita que essa falha tenha sido
proposital, tudo combinado para não se identificar a causa da morte. Acredita
que todos tenham “rabo preso”, e por isso não é possível uma investigação
séria. Disse que conversou com muita gente, com o Secretário de Segurança, que
lhe garantiu apurar o caso, mas nada foi feito, a não ser uma única vez, quando
acreditaram que tinha sido o Carlos Henrique quem tinha matado o Cláudio
Kmentt.
Aí ainda investigaram um pouco, mas só. A
Dra. Marília trabalhou muito, mas sofreu tanta ameaça que teve que largar o
caso. Ratifica que na sua opinião, além do Delegado Roberto de Castro, a dona Elisa
Gradvohl está envolvida, pois ela veio dizer que conhecia o Carlos Henrique
como lagosteiro, e ele nunca tinha sido lagosteiro. Acredita que todos os
Delegados sabiam quem tinha assassinado seu filho. Que seu genro entrou na
Delegacia para pegar o atestado de óbito, e na hora o Erivaldo Rodrigues,
Vereador de Caucaia, que foi pra matar o Carlos Henrique, entrou. Acredita que
sequer chegue em casa viva de tanta gente que está envolvida. Afirma que quem
atirou no seu filho o fez na testa e no peito, e os tiros foram desferidos pelo
Delegado Roberto de Castro. Perguntada se seu filho também negociava com
drogas, disse que não. Afirmou que não viu o Delegado Roberto de Castro atirar
em seu filho, mas que conversou com gente de “alta responsabilidade” que
afirmou, mas que não pode falar quem foi, pois a pessoa não autorizou que
dissesse. Avisada de que a senhora Telma já teria sido encontrada, comentou que
no dia deste depoimento, quando estava saindo de casa, já havia um policial na
sua porta, decerto sabendo que ela ia depor. Quanto a Telma, disse que não a
acusa de ter matado seu filho. Entre os seus outros filhos, alguns dizem que
tem certeza de que a Telma sabia de tudo, mas ela nunca achou uma pessoa que
dissesse que Telma estaria envolvida na morte do seu filho, embora no dia
seguinte à morte dele, ela já sabia.
Disse que Telma está com uma fita de um
aniversário do Carlos Henrique, fita esta que estava em sua casa, e Telma
pegou, dizendo que ia gravar em um CD. Daí então, nunca mais viu Telma ou a
fita. Esclareceu que a criança da Telma é de outro filho dela, e não do Carlos
Henrique. Acha que na fita que Telma levou tinha sido gravado alguém que podia
ser incriminado na morte do Carlos. Afirmou que o Promotor Pedro Olímpio e a
Dra. Marília têm tudo o que ela falou por escrito. Que o Delegado Ronaldo tem
tudo também. Ao final se comprometeu a comparecer na sessão seguinte, quando
seria tomado o depoimento da senhora Telma.
Em virtude da preocupação demonstrada pela
Senhora Francisca Edênia Nascimento Ramalho, que relatou inclusive estar sendo
intimidada pela constante presença de viaturas da polícia civil defronte sua
residência, a Comissão enviou Ofício ao Secretário da Justiça e Cidadania
solicitando envidar esforços no sentido de garantir sua integridade
física."
UM
PEDIDO DE CONDENAÇÃO
No dia 19 de outubro de 2010, o Promotor de
Justiça José Egydio Coelho Junior, no
processo de número 398241-42.2010.8.06.0001, resolveu pedir a CONDENAÇÃO,O RESSARCIMENTO
INTEGRAL DO DANO, A PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA (mais uma vez), A SUSPENSÃO DOS
DIREITOSPOLÍTICOS DE TRÊS A CINCO
ANOS, PAGAMENTO DE MULTA CIVIL DE ATÉ
CEM VEZES O VALOR DA REMUNERAÇÃO PÉRCEBIDA PELO AGENTE E PROIBIÇÃO DE CONTRATAR
COM O PODER PÚBLICO OU RECEBER BENEFÍCIOS OU INCENTIVOS FISCAIS OU CREDITÍCIOS,
DIRETA OU INDIRETAMENTE, AINDA QUE POR INTERMÉDIO DE PESSOA JURÍDICA DA QUAL
SEJA SÓCIO MAJORITÁRIO, PELO PRAZO DE TRÊS ANOS das seguintes pessoas: LUIZ CARLOS DE ARAUJO DANTAS, FRANCISCO CARLOS
ARAÚJO CRISÓSTOMO E JOSÉ FERNANDO DA SILVA.
Como todos podem verificar, o Delegado Luis
Carlos dantas, Delegado Geral da Polícia
Civil, é o reflexo da insegurança de nosso Estado. Ele mesmo sendo responsável,
direta e indiretamente, de crimes terríveis, tendo sido pedido a perda da sua
função pelo Ministério Público várias vezes, mesmo assim ele permanece
intocável. Sua condição incólume das mãos, já algemadas pelo Govenador, da
Justiça, o deixa confortável em permanecer no caso. Com a Imprensa nas Mãos dos
Ferreira Gomes (família que manda no Ceará), nada, nem ninguém, me tese, poderá
tirá-lo do cargo.
Por ter sido Chefe da Inteligência deve saber
de muita coisa. Talvez tenha um certo vídeo trazido do Rio de janeiro que tem
cenas fortes envolvendo o Governador do Estado em momento não apropriados para
a vista da população, pois ele foi um dos que foram lá para buscá-la. Muito
esperto ele. Assim, ele tem todos nas mãos, com informações importantíssimas.
No entanto, nós também temos!
Non nobis Domine, non nobis, sed nomini tuo da gloriam
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