HABEMUS PAPAM: UM ARGENTINO JESUÍTA CALÇA AS SANDÁLIAS DO PESCADOR
Meus caros irmãos do mundo inteiro,
Que surpresa mais agradável termos os pés calçados pelas alpercatas de
Pedro o primeiro latino-americano da História. Nascido em Buenos Aires, no ano
de 17 de dezembro de 1936, Jorge Mario Bergoglio, é um homem cuja história
fascina e o faz chegar mais próximo daquele que ele, por tradição e não por
verdade histórica, substitui no trono papal.
Pedro era um simples pescador, casado, que, em principio, teve dificuldade
de entender o propósito de Deus com os Gentios (os não judeus), mas com as
pregações de Paulo o Apóstolo dos Gentios, ele teve a iluminação de tornar-se
humilde o suficiente para aceitar os que não eram judeus como irmãos em cristo.
A vida dos apóstolos era de renúncia. Eles formaram o que
praticamente foram os únicos grupos verdadeiramente comunistas da história da
humanidade.
“A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém
considerava propriedade particular as coisas que possuía, mas tudo era posto em
comum entre eles... Entre eles ninguém passava necessidade, pois aqueles
que possuíam terras ou casas as vendiam, traziam o dinheiro e o
colocavam aos pés dos apóstolos; depois, ele era distribuído a cada um conforme
a sua necessidade”. Atos dos Apóstolos 4:32,34,35
O Papa Francisco I (o primeiro Papa Francisco da História) é a esperança
de inovação em todos os aspectos da Igreja Católica. Ele também é o primeiro
Papa Jesuíta no Vaticano.
A Companhia de Jesus, cujos membros são chamados de Jesuítas, foi criada
em fundada em 1534 por um grupo de estudantes da Universidade de Paris,
liderados pelo basco Íñigo López de Loyola,
mais tarde conhecido por Inácio de Loiola. A função da Ordem
religiosa era "desenvolver trabalho de acompanhamento hospitalar e
missionário em Jerusalém, ou para ir
aonde o papa nos enviar, sem questionar". Nesta ocasião fizeram os votos
de pobreza e castidade.
A obediência ao Papa era tão grande que Inácio de Loiola chegou a dizer
“Acredito que o branco que eu vejo é negro, se a hierarquia da igreja assim o
tiver determinado.” Porém, com a ambição do Rei de França, Felipe IV, o Belo,
os Templários sofreram perseguição implacável e pressionou o Papa
Clemente V de forma a obter uma autorização para atacar impunemente e á traição
a Ordem dos Templários. O papa Clemente V aceitou e na madrugada de 13 Outubro
1307, centenas e centenas de monges foram assassinados sem ordem nem aviso. Os
que não foram mortos imediatamente, foram encarcerados para logo depois serem
queimados na fogueira. Imediatamente no mundo Europeu não foi diferente em
muitos Estados, Porém, em um em especial os monges guerreiros foram escondidos
e foram a base do que seria uma nova ordem de monges, os jesuítas. Logo, estes
são herdeiros diretos dos cavaleiros templários.
Mas o que tem a ver todo esse contexto histórico com a escolha do
argentino? Fora as teorias de conspiração, muito. Mas para a História muito
mais.
Jorge Mario Bergoglio é um homem de extrema
humildade. Técnico em Química,preferiu o Sacerdócio por conta da perda de um
pulmão. “Em 1963, Bergoglio
estudou humanidades no Chile, retornando à Argentina no ano seguinte. Entre
1964 e 1965, foi professor de literatura e psicologia no Colégio Imaculada
Conceição de Santa Fé. Em 1966, ensinou as mesmas matérias em um colégio de
Buenos Aires. Entre 1967 e 1970, Bergoglio estudou teologia, tendo sido
ordenado sacerdote no dia 13 de dezembro de 1969. Em menos de quatro anos
chegou a liderar a congregação jesuíta local, um cargo que exerceu de 1973 a
1979. Foi reitor da Faculdade de Filosofia e Teologia de San Miguel, entre 1980
e 1986, e, depois de completar sua tese de doutorado na Alemanha, serviu como
confessor e diretor espiritual em Córdoba.
Sua família era de classe média. Seu pai ferroviário e sua mãe dona de
casa tiveram cinco filhos.
“Conhecido por sua simplicidade, Bergoglio vivia
sozinho, em um apartamento, no segundo andar do edifício da Cúria, ao lado da
Catedral de Buenos Aires, no coração da cidade. A imprensa local lembra hoje
que, da janela de seu apartamento, foi testemunha da violência na Praça de Maio
durante a crise de dezembro de 2001. Pouco amigo de aparições na imprensa, Bergoglio tentou manter um
baixo perfil público, costuma usar transporte público e inclusive se confessa
na Catedral. Ele foi dos poucos cardeais que, quando chegou a Roma para a
eleição do novo papa, não usou veículos oficiais. O novo papa é um amante dos
autores clássicos, gosta de tango e não esconde sua paixão pelo futebol,
especialmente pelo San Lorenzo de Almagro – tem uma camisa assinada pelo elenco.”( g1.globo.com)
Acusações: Polêmica na ditadura
“A ascensão religiosa de Jorge Mario Bergoglio coincidiu com um dos períodos
mais obscuros da Argentina: a ditadura militar que governou o país entre 1976 e
1982. Ele foi acusado de retirar proteção de sua ordem a dois jesuítas que
foram sequestrados clandestinamente pelo governo militar por fazerem trabalho
social em bairros de extrema pobreza. Ambos os padres sobreviveram a uma prisão
de cinco meses.
O caso é relatado no livro ‘Silêncio’, do jornalista Horacio Verbitsky,
também presidente da entidade privada defensora dos direitos humanos CELS. A
publicação leva em conta muitas manifestações de Orlando Yorio, um dos jesuítas
sequestrados, antes de morrer por causas naturais em 2000. A história o
condena: o mostra como alguém contrário a todas as experiências inovadoras da
Igreja e, sobretudo, na época da ditadura, o mostra muito próximo do poder
militar’, disse há algum tempo o sociólogo Fortunato Mallimacci, ex-decano da
Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Buenos Aires. Os defensores de
Bergoglio dizem que não há provas contra ele e que, pelo contrário, o novo Papa
ajudou muitos a escapar das Forças Armadas durante os anos de chumbo no seu
país.” (g1.globo.com)
Méritos pelo tradicionalismo
“Em 2010, ele também enfrentou a
presidente Cristina Kirchner quando o governo apoiou uma lei para permitir o
casamento entre pessoas do mesmo sexo. "Não vamos ser ingênuos: não se trata
de uma simples luta política; é uma tentativa de destruição do plano de
Deus", disse Bergoglio em carta, dias antes de o projeto ser aprovado pelo
Congresso.”
"Rezem por mim, e nos veremos em breve"
O novo Papa precisa sim de muitas orações, de apoio
dos Fieis, pois a igreja passa por uma crise moral e espiritual. Muitos
escândalos financeiros e sexuais envolvendo integrantes da Congregação de Deus.
O que todos esperam é que ele comece por fazer reformas urgentes dentro da
estrutura e ordenamento da Igreja, esquecendo-se dos tesouros, riquezas e Poder
político que o Estado do Vaticano têm, para dar início à vida de um verdadeiro
Pastor de ovelhas do rebanho de Deus. Calçando verdadeiramente nos pés e no
coração a humildade e simplicidade dos primeiros cristãos, que esperamos que
retornem dentro dessa nossa geração liderada por Francisco I, os primeiros Papa
Latino-Americano, Jesuíta e com herança templária em seu coração.
non nobis domine non nobis sed nomini tuo da
gloriam
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