PM com problemas psicológicos tem sua casa tomada por seu comandante

O abuso foi cometido na Anário Braga, no Bairro Antônio Bezerra, e o protagonista são o já conhecido perseguidor Tenente Rodrigues, do Ronda do Quarteirão.

Segundo o oficial ele teria recebido uma ligação do Centro Biopsicossocial da Polícia Militar dando conta que um policial subordinado dele estaria com uma arma na cabeça do pai. O Tenente Rodrigues disse que foi alguém da família do soldado quem teria feito a denúncia. Com um raciocínio peculiar que lhe é atribuído, decidiu pedir reforço do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE), pois deduziu que era uma ocorrência com refém, desprezando todo o histórico depressivo do policial acusado.

O abuso foi cometido na Anário Braga, no Bairro Antônio Bezerra, e o protagonista são o já conhecido perseguidor Tenente Rodrigues, do Ronda do Quarteirão.

Segundo o oficial ele teria recebido uma ligação do Centro Biopsicossocial da Polícia Militar dando conta que um policial subordinado dele estaria com uma arma na cabeça do pai. O Tenente Rodrigues disse que foi alguém da família do soldado quem teria feito a denúncia. Com um raciocínio peculiar que lhe é atribuído, decidiu pedir reforço do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE), pois deduziu que era uma ocorrência com refém, desprezando todo o histórico depressivo do policial acusado.

Ao chegar no local se deparou com o pai do policial do lado de fora que, de pronto, disse que estava tudo bem. Mesmo assim, o Tenente Rodrigues insistiu em entrar na casa, sendo permitida a sua entrada. No entanto, após ele entraram também mais dois policiais do RONDA e espalharam-se na casa do soldado. O oficial do GATE foi impedido de entrar na casa e gritou com o soldado dizendo para que calasse a boca (antes disso ele teria ameaçado o porteiro de prisão se não permitisse a entrada dele). Foi aí que se deu prosseguimento ao constrangimento. Exigiu que o policial entregasse a sua arma, e foi recusado. Não satisfeito pegou a munição do policial e ainda o ameaçou de prisão.  O policial constrangido passou a exigir-lhe que se retirasse do seu recinto várias vezes, mas foi ignorado, ainda sob ameaça. Em seu quarto ficou um policial de prontidão e o outro com o oficial. Desestruturado, o policial ligou para seu advogado e diretores de uma associação que se fizeram presente no local e presenciaram o Tenente Rodrigues ainda dentro do condomínio. Este ainda insistiu que a arma não deveria ficar com o policial, mesmo pegando a informação de condôminos de que este seria calmo e nunca tiveram reclamações dele.

O policial submetido ao constrangimento está passando por problemas psicológicos e após esse fato foi encontrar sua psiquiatra que queria interná-lo, tendo que aumentar consideravelmente sua medicação. Dano psicológico que não poderá ser recuperado tão cedo.

Os fatos deverão ser apurados, pois, pelo que nos foi passado, nem ocorrência havia sido criada pela CIOPS até a saída do oficial do local. Uma ligação feita do Centro Biopsicossocial da PM-CE também parece estranha, principalmente vindo de familiares do policial acusado, pois estavam todos  presentes após telefonema do PM pedindo que viessem.

A pergunta é: mesmo que alguém tivesse ido ao Centro Biopsicossocial da PM, por que não foi levado um psicólogo no lugar do GATE?

O que parece é que o Comando da Corporação liberou qualquer tipo de perseguição para policiais que estão doentes. Não bastassem as transferências, Processos Administrativos para expulsão e outros constrangimentos que esses policiais famintos por tratamento médico passam, agora têm que suportar a presença de uma Força Especial em suas casas para constrangê-los.

                                      Non nobis Domine, non nobis, sed nomini tuo da gloriam