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Senhor que veio do interior do Ceará clamar justiça por seu filho assassinado na passeata Fortaleza Apavorada. Organizadora pede para que seja retirada a faixa. Foto: registro de Tiago Lemos |
Enquanto a classe média aproveitava sua
tranquilidade em seus ambientes reservados, mesmo públicos, tendo o sistema
policial sempre a sua disposição e a violência restrita aos pobres coitados da
periferia, tudo estava muito bom para ela. Sentir a falta de segurança é algo
novo para quem faz parte desse mundo. Agora essa sensação aterroriza a todos os
cearenses, ricos e pobres. Não iria demorar muito para que houvesse alguma
manifestação desse grupo reivindicando segurança. Mas para quem?
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Senhor que veio do interior do Ceará clamar justiça por seu filho assassinado na passeata Fortaleza Apavorada. Organizadora pede para que seja retirada a faixa. Foto: registro de Tiago Lemos |
Enquanto a classe média aproveitava sua tranquilidade em seus ambientes reservados, mesmo públicos, tendo o sistema policial sempre a sua disposição e a violência restrita aos pobres coitados da periferia, tudo estava muito bom para ela. Sentir a falta de segurança é algo novo para quem faz parte desse mundo. Agora essa sensação aterroriza a todos os cearenses, ricos e pobres. Não iria demorar muito para que houvesse alguma manifestação desse grupo reivindicando segurança. Mas para quem?
O testemunho abaixo foi tirado de um perfil no
facebook e mostra a verdadeira intenção do movimento de ricos apavorados que,
com acesso à mídia e contatos importantes, puderam usar o povo como massa de
manobra para protestarem em favor de sua própria segurança. Sem tirar a
importância do movimento é salutar que se faça uma reflexão sobre o que a jovem
Sue Cassimiro postou em seu perfil pessoal.
‘Quem não chegou cedo na manifestação da "Fortaleza Apavorada"
não sabe o que realmente aconteceu ali. Não consigo tirar da cabeça as
barbaridades que vi. Ignorando os comentários de quem disse que seria apenas um
movimento elitista e possivelmente ligado a partidos políticos, compareci ao
tal evento que teve início às 15h30 no Palácio da Abolição. Vou direto ao
ponto: não consigo esquecer a cena de uma das organizadoras se dirigindo a um
senhor que veio do interior do Ceará clamar justiça por seu filho assassinado
da seguinte forma: "Abaixe esses cartazes que não condizem com o
movimento. Deixe suas motivações pessoais de lado, aqui o grito será um
só". Era de cortar o coração o desapontamento daquele senhorzinho que
esperava encontrar companheiros de luta. Isso fora as fofocas de dondocas que
sussurravam por todos os lados: "Mas que favela é essa aqui? Ainda bem que
moro a três ruas daqui, vou embora." E outra que, ao ver uma senhora de
roupa simples e com um chapéu comprido, esnobou com a amiga: "Olha, que roupa
horrível! Essa deve ter vindo lá do Pirambu...". Vocês podem ver a alegria
nas fotos... Só o que eu consigo lembrar foi do nojo que senti ao ver aquilo
acontecendo na minha frente. Estou apavorada mesmo é com o cinismo da sociedade
cearense.’
Dia 22 de junho vai ter outra caminhada, ‘Ceará
Pede Paz’, às 16h, em frente ao mercado de peixes da Beira Mar. Espera-se que
seja uma manifestação mais popular e que as pessoas expressem livremente suas
dores para que o mundo veja a dor que a violência pode causar mesmo num simples
cartaz como esse velhinho quis fazer.
Eu estava lá, presenciei tudo, estava sempre do lado deste senhor e de sua companheira (tenho fotos comprovando) e o que esta menina Sue Cassimiro está fazendo é distorcer os fatos para se promover e aparecer. Quem está publicando o que ela escreveu só está dando a notoriedade que ela busca. Em nenhum momento este senhor, foi humilhado ou agredido por qualquer membro da organização do evento. Até li muitos comentários sobre isso, e até concordo que algumas tinham o "nariz empinado", mas justiça seja feita. Essa moça esteve pertinho de mim e duvido que possa ter ouvido mais do que eu ouvi. A unica coisa q foi dita, não era direcionada ao senhor, mas sim, ao grupo que estava sendo recrutado naquele momento para carregarem faixas e uma das organizadoras (talvez a de 'nariz mais empinado') falou, repito, DIRIGINDO-SE AO GRUPO RECRUTADO, que não aceitassem nenhum tipo de provocação e que não gritassem palavras de ordem de ordem pessoas pois ali não era um evento de protesto pessoal e sim, por segurança. Foi aí que o senhor que estava do meu lado gritou: "Vc fala isso pq não foi seu filho que foi assassinado na porta de casa" e ela respondeu que lamentava pela perda dele, mas que o movimento era por segurança para todos.
ResponderExcluiro igor coelho do fortaleza apavorada está dizendo que é tudo mentira na página fortaleza apavorada.seria bom que vc comentasse alguma coisa a respeito...
ResponderExcluir(Walter). acho que isso é uma verdadeira politicagem, queria que esse povo todo entrasse nas comunidades pra fazer isso, o que o povo precisa, é sim, de educação que é a base de tudo!
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