Caso de assassinato de policiais, em SP, é marcado por suspense e ficção para proteger o autor, que pode não ser o menino

Segundo a polícia, Marcelo Eduardo, filho do casal, foi o autor da chacina (Foto: Reprodução / TV)

O que estará por trás da morte do casal de PM's e seu filho e mais dois familiares em São Paulo? Logo de início, e bem rápido por sinal, a polícia chegou logo a conclusão de que teria sido o próprio filho do casal quem teria realizado o crime, indicando uma tendência violenta por amante de jogos violentos. Começou, então uma busca por evidências para essa tese. Surge então um amigo do garoto que disse ter dado carona a ele no retorno do colégio. Depois encontraram um par de luvas dentro do veículo da família (e...???). Bom, tudo estava caminhando muito bem para culpar um adolescente morto quando de repente, não mais que de repente, surge a figura do ex-comandante da PM morta, Coronel Wagner Dimas, e disse que ela teria denunciado colegas policiais por envolvimento com roubo a caixas eletrônicos. Em menos de 24 horas o Coronel  volta atrás em seu discurso e diz que 'se perdeu em suas argumentações'. Parece que, a partir daí, podemos ver as nuvens negras se dissiparem diante de nossos olhos. Um menino de 12 anos matar pai, mãe, e mais dois familiares com uma arma de fogo sem motivo detectado (só por causa de jogos violentos) parece bem mais suspeito.

Andreia Regina Bovo Pesseghini e Luis Marcelo Pesseghini

Toda essa confusão chamou a atenção do jornal britânico Daily Mail, que sugeriu que o garoto pode estar sendo vítima de uma armação.

E por último surge o depoimento da vizinha que disse ter visto duas pessoas — entre elas, um policial militar fardado — pularem o muro da casa do casal de PMs Andreia Bovo Pesseghini e Luís Marcelo Pesseghini, por volta das 12h de segunda-feira (5), e comentarem que a família estava morta.

— Ele falava que ele entrou na casa e viu todo mundo morto. E saiu. Só que daí, eles saíam e não veio ninguém. Só às sete horas da noite que veio aparecer alguém. [sic].Segundo a polícia, a corporação só foi notificada após as 18h de segunda-feira.

E agora, quem poderá esclarecer esse caso?