O conselho de ética sem ética do Partido da República de Fortaleza

Essa história se passa tendo como contexto uma disputa que é visivelmente percebido dentro do Partido da República (PR) de Fortaleza entre dois de seus vereadores – Cap. Wagner Sousa e Márcio Cruz., respectivamente presidente e vice-presidente da legenda na capital cearense. Já tive a oportunidade de tecer  comentários sobre os ataques desferidos dos simpatizantes do vereador militar contra o seu ‘companheiro’ de partido tendo como foco acusações sem provas, ferindo a honra e a dignidade inclusive da família do vereador Márcio da Cruz Farias. Algo que parece ser do agrado do Wagner Sousa, pois nunca o defendeu.

Mas, o que me chegou alguns dias atrás é sobre um Conselho de Ética feito pelo Partido no âmbito municipal. Enviaram me uma cópia da ata de criação do Conselho e junto uma certidão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) do Sr. Orleando Lima Silva que dizia que o mesmo foi introduzido como membro do dito Conselho mesmo sem ser filiado.

No entanto, ao analisar a ata de criação do Conselho de Ética do PR municipal muitas coisas me chamaram a atenção. Primeiro, em todas as decisões o voto do Sr. Orleando era sempre único. Ou seja, parecia que não havia concordância em seu nome para assumir cargos na Comissão. Segundo, Todos os que têm cargos são ligados diretamente ao Vereador Wagner Sousa. Terceiro, o Sr. Victor da Silva Torres e o Sr. Noélio da Rocha Oliveira são ex-policiais militares (demitidos) E TAMBÉM NÃO CONSTAM COMO FILIADOS AO PR.

O que está ocorrendo com esse Partido aqui na Capital cearense? A disputa entre dois vereadores está transformando-o numa zona de conflito no qual ganha quem gritar mais alto. É nítida a manipulação desse conselho pelo vereador militar, e mesmo o Sr. Orleando é ligado também ao Vereador Wagner Sousa pois é diretor de uma associação em que este é presidente.

O fato é que, como é típico de oficiais militares, o vereador Wagner Sousa quer criar uma zona de contenção contra qualquer adversário político, mesmo os de seu próprio Partido.

POR QUE CRIAR UM CONSELHO DE ÉTICA SEM QUE ALGUNS DE SEUS MEMBROS ESTEJAM FORMALMENTE FILIADOS? Por que a pressa? O que estaria por trás dessa apresada criação?

Segundo o site do TSE na segunda semana do mês de abril e outubro as agremiações enviarão à justiça eleitoral os nomes de todos os seus filiados tendo em vista a  publicação, o cumprimento dos prazos de filiação partidária para efeito de candidatura a cargos eletivos e, por fim, o arquivamento. Mesmo que eles tenham se filiado após o mês de abril, porque então direcionar tão rapidamente um conselho tão importante nas mãos do presidente municipal, visto ser este inimigo pessoal de seu 'companheiro' de partido, o vice-presidente? Por que colocar neófitos e inexperientes em cargos de tão grande responsabilidade? E...por que me enviaram apenas um nome denunciando sua não filiação e não destacaram os demais, que são diretamente ligados ao vereador Wagner Sousa?

Muita pergunta sem resposta no momento!