Radicais
ligados ao Estado Islâmico e hackers do grupo Anonymous estão usando a internet
para travar uma guerra nos últimos dias. O estopim do conflito foi o atentado
ao semanário francês Charlie Hebdo, realizado no último dia 7.
Após
o ataque, o Anonymous criou a Operação Charlie Hebdo e prometeu vingança por
meio de uma nota oficial. Além do documento, o grupo também divulgou na
internet um vídeo por meio de seu canal francês.
No
filme, os hackers afirmam: "Atacar a liberdade de expressão é atacar o
Anonymous". Veja aqui o vídeo em inglês:
Ontem,
os hackers realizaram a primeira investida contra os radicais islâmicos. Por
meio de uma sobrecarga de acessos, eles tiraram do ar o site ansar-alhaqq.net. De acordo com a Wired, a página é ligada a jihadistas
franceses.
Estados Unidos
A internet também vem sendo usada por
radicais islâmicos. Um exemplo disso foi o ataque ontem às contas do Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM)
no Twitter e no YouTube.
Segundo o Business Insider, a ação foi realizada por um
grupo denominado CyberCaliphate (CiberCalifado, em inglês). No ataque, os
radicais islâmicos usaram os canais do órgão militar americano para divulgar
mensagens de apoio ao Estado Islâmico.
De acordo com nota divulgada pelo CENTCOM, a invasão
durou cerca de 30 minutos e não comprometeu as redes militares do órgão. Também
não houve vazamento de dados confidenciais.
França
Ainda ontem, a agência de notícias EFE informou que hackers haviam
redirecionado os sites do Conselho Geral do Departamento de Lot (localizado no
sul da França) e de escolas de ensino médio francesas para páginas de ideologia
islâmica radical. O ataque foi atribuído ao grupo tunisiano Fallaga Team.
Na semana passada, o hacker argelino L'APoca-Dz já havia invadido sites de 5 cidades
francesas que ficam perto de Paris e publicado mensagens de apoio ao Estado
Islâmico. Por meio do ataque, o hacker expressou seu apoio ao atentado contra o
Charlie Hebdo.
Na última quarta (dia 7), os irmãos
Cherif e Said Kouachi invadiram a redação da publicação satírica e mataram 12
pessoas - deixando 11 feridos. Cherif e Said foram mortos pela polícia na sexta (dia 9). O ataque terrorista é
considerado o mais grave na França em 50 anos.
Fonte: Exame
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