segunda-feira, 18 de março de 2013

violência e vandalismo esperam pelas Copas das Confederações e do Mundo em Fortaleza

Foto:g1.globo.com

VIOLÊNCIA E VANDALISMO NO CLÁSSICO-REI
FORTALEZA ESTÁ PREPARADO PARA RECEBER AS COPAS DAS CONFEDERAÇÕES E DO MUNDO?

Arena Castelão, palco que foi erguido para dois grandes eventos do futebol, Copa das Confederações e Copa do mundo. Centenas de turistas estarão aqui para verem as melhores seleções do mundo jogarem. Mas o que teremos para oferecer a eles?

Domingo, 17 de março, Clássico-Rei (Fortaleza X Ceará) no Arena Castelão, mais um teste para o estádio antes da Copa das Confederações este ano, parece tudo normal em termos de estrutura. Mas um item não depende de engenheiros, mestres de obras ou pedreiros. Não depende dos turistas, ou dos times que virão jogar, nem turistas que estarão aqui. Só depende de nós, cearenses. SEGURANÇA!

E esse último jogo nos mostrou que não adianta ‘tapar o sol com a peneira’. Devemos divulgar o vandalismo que ocorre em TODOS OS JOGOS DE FUTEBOL AQUI EM FORTALEZA. É sempre a mesma coisa: ‘torcedores’ sem pagar passagens pulando as catracas ou sentados em cima (no teto) dos coletivos, roubos, brigas de torcidas, patrimônio público (ou privado), avariado, deslocamento de excessivo número de policiais no contorno do estádio deixando outras áreas da Capital desprotegidas, violência, violência, violência.

655 policiais militares foram escalados para fazer a segurança do público, mesmo assim, antes mesmo do jogo começar, já havia confronto entre torcedores nas ruas e terminais de ônibus. No terminal da lagoa, por exemplo, uma tentativa de invasão e um dos policiais aparou uma bomba caseira com as mãos. ' Já na Avenida Dedé Brasil a Polícia militar teve que parar um ônibus que transportava outro grupo de torcedores em direção ao estádio. De acordo com a polícia os torcedores dispararam rojões contra soldados do Ronda de Ações Intensivas e Ostensivas (RAIO) e danificaram o ônibus com pedras. Cacos de vidros atingiram alguns usuários de veículo.'(G1)  


Segundo o que está noticiado no G1 (Ceará), foram mais de 70 casos na delegacia, porém, somente em 46 foram apresentadas evidências e se configuravam  como infrações ao estatuto do torcedor.

O problema fica muito maior quando sabemos que as autoridades cearenses escondem os verdadeiros números da violência e diminuem o tamanho do problema em seus discursos, tal como fez o major Benício, quando disse que  o policiamento tem sido suficiente para conter as ações criminosas.


  Há um desesperado mecanismo de tentar esconder a situação da violência no Estado do Ceará. Divergências nos números de homicídios em Fortaleza e Região Metropolitana entre a secretaria de segurança pública e Instituto Médico Legal mostram isso. O secretário de Segurança Pública, Cel. Francisco Bezerra, tenta manter-se longe da discussão. Para isso ele conta com o domínio do Governador na Assembleia Legislativa, cuja sobrevivente e fraca oposição tentou levar o chefe da Pasta para obter explicações sobre o aumento exponencial da violência no estado e não obtiveram êxito. 


Fortaleza, uma das sedes das copas das Confederações e do Mundo, foi apontada como a 13ª cidade mais perigosa do Mundo por uma  Organização Não Governamental (O Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Criminal), e ainda tem um  índice de homicídios 5 vezes maior que são paulo ( a maior cidade do País). Nossos dados são lastimáveis. A polícia civil não tem efetivo e equipamentos para atuarem como devem. Fuga de presos é quase diário nas nossas delegacias; notícia de policiais mortos por bandidos está parecendo ser normal no nosso Estado; a perícia forense não é confiável por causa de indícios de alterações nos laudos para beneficiar os donos do Poder; a polícia militar também passa por uma crise interna, pois o Comando não quer se entender com seus subordinados, que buscam melhorias nas condições de trabalho, e passa a perseguir constantemente esses profissionais ameaçando de expulsar mais de 40 deles por se reunirem para tomarem conhecimento de um encontro entre seus representantes e o Governo que discutiram sobre um acordo que a Administração não cumpriu. Além disso, uma série de transferências de policiais para o Interior do Estado sem justificativa alguma está acirrando cada vez mais os ânimos. Um número enorme de policiais estão passando por problemas psicológicos por conta de todo  esse comportamento sádico do Cel. Werisleik Matias, Comandante Geral da Polícia Militar. Já houve um suicídio na cadeia pública de Aquiraz de um policial esse ano.

Voltamos então a indagarmos: Fortaleza está preparada para receber esses eventos da FIFA?

Non nobis Domine, non nobis, sed nomini tuo da gloriam


 


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